Maior desigualdade de rendimentos entre brancos e pretos do País aparece em Salvador, a capital mais negra do Brasil. Analfabetismo é três vezes maior que entre brancos
Pela primeira vez na história dos censos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria da população brasileira se classificou como pertencentes às raças preta e parda. Mesmo assim, os rendimentos de pessoas dessas raças ainda seguem bem abaixo do que as registradas entre brancos e amarelos.
Pretos e pardos recebem quase a metade que brancos
Segundo os números divulgados nesta quarta-feira, os brasileiros que se dizem pertencer a raça amarela (orientais-asiáticos) recebem os melhores rendimentos mensais (R$ 1.574). Próximo aos amarelos estão os brasileiros de raça branca, com rendimento médio de R$ 1.538 por mês, quase o dobro do valor relativo aos grupos de pretos (R$ 834), pardos (R$ 845) ou indígenas (R$ 735).
De acordo com o Censo 2010, as maiores desigualdades entre os rendimentos médios e as raças estão nos municípios com mais de 500.000 habitantes. A diferença de rendimentos entre brancos e pretos são maiores na capital mais negra do País, Salvador (3,2), em Recife (3,0) e em Belo Horizonte (2,9). Entre brancos e pardos, São Paulo (2,7) aparece no topo da lista, seguida por Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre, onde brancos têm um rendimento 2,3 vezes maior do que pardos.
Segundo o estudo, dos mais de 191 milhões de habitantes do País, 91 milhões se classificaram como brancos (47,7%), 15 milhões como pretos (7,6%), 82 milhões como pardos (43,1%), 2 milhões como amarelos (1,1%) e 817 mil indígenas (0,4%).
País conhecido pela miscigenação, o Brasil também é marcado por algumas concentrações de raça. Das 20 cidades com a maior proporção de brancos, todas estão na região Sul. Santa Catarina (84%), Rio Grande do Sul (83,2%) e Paraná (70,3%) são os Estados com a maior proporção e brancos. Os Estados que possuem menos brancos estão na região Norte, com Roraima (20,9%), Amazonas (21,2%) e Pará (21,8%).
A Bahia é o Estado que tem a maior população que se declara como preta no Brasil, com 3,11 milhões de pessoas, 17,1%. Entre os pardos, os Estados com as maiores proporções são o Pará (69,5%), o Amazonas (68,9%) e o Maranhão (66,5%). Roraima tem a maior população indígena do Brasil (11%).
Alfabetização
No que se refere à alfabetização da população, nos últimos anos, houve uma diminuição das taxas de analfabetismo no País para todas as categorias de cor ou raça. Apesar disso, ainda existem grandes diferenças entre as regiões.
O Censo 2010 revela que a taxa nacional de analfabetismo no Brasil para as pessoas de 15 anos ou mais de idade é de 9,6%. Mas quando se é analisado entre os grupos de cor ou raça, os números se diferem bastante. Tanto os grupos de pretos (14,4%) quanto os de pardos (13,0%) mostram um percentual de analfabetos quase três vezes maior do que o dos brancos (5,9%).
Cidades com as maiores proporções de pessoas de cor ou raça branca Cidades com as maiores proporções de pessoas de cor ou raça preta Cidades com as maiores proporções de pessoas de cor ou raça parda Montauri/RS - 99,2% Antônio Cardoso/BA - 50,7% São João da Ponta/PA - 90,1%
Três Arroios/RS - 99,2% Lajeado/TO - 47,5% Jardim de Angicos/RN - 88,3%
Leoberto Leal/SC - 99,0% São Gonçalo Campos/BA -42,0% Anama/AM - 87,9%
Boa Vista do Sul/RS - 98,9% Conceição da Feira/BA - 41,3% Tracuateua/PA - 87,6%
Morrinhos do Sul/RS - 98,5% Cachoeira/BA - 40,7% Nhamunda/AM - 87,1%
IBGE
Cidades com as menores proporções de pessoas de cor ou raça branca Cidades com as menores proporções de pessoas de cor ou raça preta Cidades com as menores proporções de pessoas de cor ou raça parda
Uiramuta/RR - 0,9% Cunhataí/SC - 0,0% Montauri/RS - 0,6%
Normandia/RR - 4,1% Nova Candelária/RS - 0,0% Três Arroios/RS - 0,7%
Serrano do Maranhão/MA - 4,3% Leoberto Leal/SC - 0,1% Iomere/SC - 0,7%
Amatura/AM - 4,4% Witmarsum/SC - 0,1% Leoberto Leal/SC - 0,8%
Santa Isabel Rio Negro/AM- 4,5% Três Arroios/RS - 0,1% São Bonifácio/SC - 0,9%
IBGE
Pela primeira vez na história dos censos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria da população brasileira se classificou como pertencentes às raças preta e parda. Mesmo assim, os rendimentos de pessoas dessas raças ainda seguem bem abaixo do que as registradas entre brancos e amarelos.
Pretos e pardos recebem quase a metade que brancos
Segundo os números divulgados nesta quarta-feira, os brasileiros que se dizem pertencer a raça amarela (orientais-asiáticos) recebem os melhores rendimentos mensais (R$ 1.574). Próximo aos amarelos estão os brasileiros de raça branca, com rendimento médio de R$ 1.538 por mês, quase o dobro do valor relativo aos grupos de pretos (R$ 834), pardos (R$ 845) ou indígenas (R$ 735).
De acordo com o Censo 2010, as maiores desigualdades entre os rendimentos médios e as raças estão nos municípios com mais de 500.000 habitantes. A diferença de rendimentos entre brancos e pretos são maiores na capital mais negra do País, Salvador (3,2), em Recife (3,0) e em Belo Horizonte (2,9). Entre brancos e pardos, São Paulo (2,7) aparece no topo da lista, seguida por Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre, onde brancos têm um rendimento 2,3 vezes maior do que pardos.
Segundo o estudo, dos mais de 191 milhões de habitantes do País, 91 milhões se classificaram como brancos (47,7%), 15 milhões como pretos (7,6%), 82 milhões como pardos (43,1%), 2 milhões como amarelos (1,1%) e 817 mil indígenas (0,4%).
País conhecido pela miscigenação, o Brasil também é marcado por algumas concentrações de raça. Das 20 cidades com a maior proporção de brancos, todas estão na região Sul. Santa Catarina (84%), Rio Grande do Sul (83,2%) e Paraná (70,3%) são os Estados com a maior proporção e brancos. Os Estados que possuem menos brancos estão na região Norte, com Roraima (20,9%), Amazonas (21,2%) e Pará (21,8%).
A Bahia é o Estado que tem a maior população que se declara como preta no Brasil, com 3,11 milhões de pessoas, 17,1%. Entre os pardos, os Estados com as maiores proporções são o Pará (69,5%), o Amazonas (68,9%) e o Maranhão (66,5%). Roraima tem a maior população indígena do Brasil (11%).
Alfabetização
No que se refere à alfabetização da população, nos últimos anos, houve uma diminuição das taxas de analfabetismo no País para todas as categorias de cor ou raça. Apesar disso, ainda existem grandes diferenças entre as regiões.
O Censo 2010 revela que a taxa nacional de analfabetismo no Brasil para as pessoas de 15 anos ou mais de idade é de 9,6%. Mas quando se é analisado entre os grupos de cor ou raça, os números se diferem bastante. Tanto os grupos de pretos (14,4%) quanto os de pardos (13,0%) mostram um percentual de analfabetos quase três vezes maior do que o dos brancos (5,9%).
Cidades com as maiores proporções de pessoas de cor ou raça branca Cidades com as maiores proporções de pessoas de cor ou raça preta Cidades com as maiores proporções de pessoas de cor ou raça parda Montauri/RS - 99,2% Antônio Cardoso/BA - 50,7% São João da Ponta/PA - 90,1%
Três Arroios/RS - 99,2% Lajeado/TO - 47,5% Jardim de Angicos/RN - 88,3%
Leoberto Leal/SC - 99,0% São Gonçalo Campos/BA -42,0% Anama/AM - 87,9%
Boa Vista do Sul/RS - 98,9% Conceição da Feira/BA - 41,3% Tracuateua/PA - 87,6%
Morrinhos do Sul/RS - 98,5% Cachoeira/BA - 40,7% Nhamunda/AM - 87,1%
IBGE
Cidades com as menores proporções de pessoas de cor ou raça branca Cidades com as menores proporções de pessoas de cor ou raça preta Cidades com as menores proporções de pessoas de cor ou raça parda
Uiramuta/RR - 0,9% Cunhataí/SC - 0,0% Montauri/RS - 0,6%
Normandia/RR - 4,1% Nova Candelária/RS - 0,0% Três Arroios/RS - 0,7%
Serrano do Maranhão/MA - 4,3% Leoberto Leal/SC - 0,1% Iomere/SC - 0,7%
Amatura/AM - 4,4% Witmarsum/SC - 0,1% Leoberto Leal/SC - 0,8%
Santa Isabel Rio Negro/AM- 4,5% Três Arroios/RS - 0,1% São Bonifácio/SC - 0,9%
IBGE
Fonte: Portal iG
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