Com aumento da renda, elas planejam melhor as finanças e apostam em itens que podem melhorar qualidade de vida da família
Qualificação profissional, educação para os filhos, beleza e lazer. Esses são os itens que ganharam espaço no orçamento familiar das mulheres de classe C. Com o crescimento do poder de compra verificado nos últimos anos e o aumento da participação no mercado formal de trabalho, elas mudaram, e muito, seus padrões de consumo, avalia Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, instituto de pesquisa especializado nas classes C e D.
“O aumento da renda formal levou as mulheres da classe C a um novo patamar, em que é possível planejar as finanças e conquistar o que antes parecia inatingível, como educação de boa qualidade tanto para elas, quanto para os filhos. E, mesmo tendo empregos formais, essas mulheres ainda complementam a renda fazendo bicos e atividades extras que permitam dar mais conforto à família”, diz Meirelles.
Renda extra
É o caso da babá Dalva Pena, 40, que vive com o filho de 21 anos e a filha, de 17. Com uma renda fixa mensal de R$ 1,7 mil, ela se considera uma profissional de ‘1001 utilidades’. “Além de trabalhar em outras casas como babá nos meus horários de folga, também recebo encomendas de doces e bolos e participo do comitê de um candidato a vereador em São Paulo”, diz.
Dalva conta que guarda praticamente todo dinheiro provenientes de suas atividades extras. Em média, ela deposita, mensalmente, R$ 400 em um fundo de renda fixa. O objetivo, diz, é assegurar o futuro da família. “Temos alguns planos, como comprar uma pequena casa para alugar ou até mesmo trocar de carro. Mas, por enquanto, não planejo usar o que tenho no fundo. A ideia é guardar”, afirma.
Apesar da preocupação em construir uma vida melhor e de reconhecerem a importância de poupar para o futuro, casos como o de Dalva ainda são poucos entre as mulheres da Classe C, que têm dificuldades em guardar dinheiro. “O conceito de poupança tem valor para essas mulheres, mas elas ainda têm muitos sonhos de consumo a serem realizados, o que dificulta bastante a criação de uma reserva”, afirma Martinelli.
Qualificação profissional, educação para os filhos, beleza e lazer. Esses são os itens que ganharam espaço no orçamento familiar das mulheres de classe C. Com o crescimento do poder de compra verificado nos últimos anos e o aumento da participação no mercado formal de trabalho, elas mudaram, e muito, seus padrões de consumo, avalia Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, instituto de pesquisa especializado nas classes C e D.
“O aumento da renda formal levou as mulheres da classe C a um novo patamar, em que é possível planejar as finanças e conquistar o que antes parecia inatingível, como educação de boa qualidade tanto para elas, quanto para os filhos. E, mesmo tendo empregos formais, essas mulheres ainda complementam a renda fazendo bicos e atividades extras que permitam dar mais conforto à família”, diz Meirelles.
Renda extra
É o caso da babá Dalva Pena, 40, que vive com o filho de 21 anos e a filha, de 17. Com uma renda fixa mensal de R$ 1,7 mil, ela se considera uma profissional de ‘1001 utilidades’. “Além de trabalhar em outras casas como babá nos meus horários de folga, também recebo encomendas de doces e bolos e participo do comitê de um candidato a vereador em São Paulo”, diz.
Dalva conta que guarda praticamente todo dinheiro provenientes de suas atividades extras. Em média, ela deposita, mensalmente, R$ 400 em um fundo de renda fixa. O objetivo, diz, é assegurar o futuro da família. “Temos alguns planos, como comprar uma pequena casa para alugar ou até mesmo trocar de carro. Mas, por enquanto, não planejo usar o que tenho no fundo. A ideia é guardar”, afirma.
Apesar da preocupação em construir uma vida melhor e de reconhecerem a importância de poupar para o futuro, casos como o de Dalva ainda são poucos entre as mulheres da Classe C, que têm dificuldades em guardar dinheiro. “O conceito de poupança tem valor para essas mulheres, mas elas ainda têm muitos sonhos de consumo a serem realizados, o que dificulta bastante a criação de uma reserva”, afirma Martinelli.
Entre a vontade de consumir e a necessidade de poupar, as mulheres da classe C adotam diferentes estratégias para organizar o orçamento doméstico. A analista de projetos Paula Espíndola Teles, 29 anos, é adepta das planilhas de gastos. Com uma renda mensal de R$ 4 mil, ela sustenta a casa onde vive com sua filha de nove anos, o noivo e os sogros. Desde que o noivo e o sogro ficaram desempregados, há quase um ano, ela arca sozinha por todas as despesas da família. O rígido controle das finanças é, segundo ela, o segredo para não se endividar.
Paula Teles mantém uma planilha para organizar o orçamento familiar
“Além de colocar tudo em uma planilha, também uso meu cartão de crédito como uma ferramenta de controle dos gastos. Tenho um limite pequeno, que não ultrapassa 30% da minha renda. Sendo assim, concentro todas as minhas compras no cartão dentro desse valor. Já o dinheiro, eu guardo para emergências”, diz.
Investimento em educação
Mesmo com a responsabilidade de sustentar toda a família, Paula consegue investir em cursos de qualificação com o objetivo de impulsionar sua carreira. Ela também mudou a filha para um colégio melhor e mais caro e planeja pagar um curso de inglês para a menina a partir do ano que vem. “Abri mão de comprar muitas coisas e evito dívidas para que eu possa investir em uma vida melhor para mim e para minha filha”.
Também preocupada em evitar dívidas, a advogada Tatiana Moraes, 29 anos, controla suas finanças. Mas, ela não segue planilhas e muito menos usa o cartão de crédito. Muito pelo contrário. Para não se enrolar, ela evita parcelar suas compras e paga tudo à vista. “Eu não sou disciplinada a ponto de anotar todas as minhas despesas. Em compensação, me organizo dentro de um limite e economizo para comprar tudo à vista, com desconto. Dessa forma, consigo gastar mais hoje com itens como educação, beleza e lazer”.
Dalva, por sua vez, conta que nos últimos três anos mudou radicalmente a forma de organizar suas finanças. O primeiro passo foi escolher apenas um dos nove cartões de crédito que tinha e cancelar os outros oito. Ela conta que chegou a acumular uma dívida de mais de R$ 20 mil. “Estourava o limite de um e compensava gastando com o outro. Depois de muito esforço consegui negociar e quitar minhas dívidas. Por isso, sou bastante cuidadosa com meu dinheiro hoje”, afirma.
Para evitar problemas com cartões de crédito, o professor de Finanças do Senac São Paulo, Anísio Castelo Branco, recomenda que a consumidora não confunda crédito com renda. “Às vezes, a pessoa já tem o dinheiro para comprar o que precisa pagando à vista. Mas, a tentação de comprar a crédito e usar aquele dinheiro para coisas que não são tão importantes é grande e a mulher acaba se endividando à toa”, diz.
Castelo Branco também recomenda cuidado com as pequenas despesas do dia-a-dia e que aparentemente não comprometem o orçamento. Da ida não planejada ao salão de beleza para fazer só mais uma escova, aos acessórios “baratinhos” que são comprados aos montes, são muitos os exemplos de gastos aparentemente inofensivos que complicam as finanças no final do mês. “Aliás, uma boa ideia é estipular os gastos com beleza como custos fixos, já que as mulheres dificilmente abrem mão dos cuidados pessoais. Assim, fica mais fácil seguir um orçamento pré-estabelecido”, afirma.
Fonte: Portal iG
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