Ano:1973
Direção e Roteiro:Federico Fellini
Fotografia: Giuseppe Rotunno
Musica:Nino Rota
Duração:127 min.
Locação:Rimini e Estudio Cinecittá, Roma, Itália.
Elenco: Pupella Maggio, Armando Brancia e Magali Noel
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1976.
Bodil Festival 1975, Melhor Filme Europeu.
DVD:Criterion Collection, lançado em 1998.
Locação:Rimini e Estudio Cinecittá, Roma, Itália.
Elenco: Pupella Maggio, Armando Brancia e Magali Noel
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1976.
Bodil Festival 1975, Melhor Filme Europeu.
DVD:Criterion Collection, lançado em 1998.
Federico Fellini deixou o mundo em 1993 e atrás de si um legado cinematográfico
de 23 ótimos filmes que realizou entre 1950 e 1980.
Amarcord
foi feito no ápice de sua carreira , na graça do ano maravilhoso que foi 1973;
e é um dos filmes mais delicados, bem humorados e fantásticos onde a poesia é
um registro obrigatório em todo os fotogramas de um filme.
O
tema da película é a cotidiano da vida humana e Fellini se tornou notável por
produzir películas que tratavam deste tema com soltura, leveza , humor e
crítica; questionando nossa condição emocional, sexual e política.
Amarcord
é uma palavra do dialeto Emilico-Romano que significa Me Recordo. Neste filme, o
diretor retratou suas memórias autobiográficas de um período de sua
adolescência através do olhar de um rapaz chamado Totti em Rimini sua viela
natal beira mar, no ano de 1930 quando o Fascismo de Mussolini começava a
dominar a Itália.O filme descreve de forma deslumbrada, mas não exagerada, o
relacionamento do rapaz com a viela, seu mundo e personagens que ao longo do
filme vão se tornando mais e mais universais.
Esta
é a magia que Fellini sempre empregou em seus filmes e em Amarcord consegue de
forma sublime; colocando o espectador em situações de contento, admiração e
prazer.Fellini como ninguém soube retratar o charme das pessoas.
A
fotografia nesta película com movimentos sutis e lentos; e seu distanciamento
provocam a sensação onírica no filme. Amarcord é um filme que conduz o espectador
num embalo do começo ao fim. A musica circense de Nino Rota é elemento
fundamental.
Cenas
como a do silêncio total em torno de um pavão na borda de uma fonte congelada
abrindo a sua cauda e das pequenas barcas a noite em alto mar levando os
moradores da viela excitados esperando pela passagem de um Transatlântico,
apenas para acená-lo são impossíveis de se esquecer depois de assistir a este
filme.
Fellini
foi um dos grandes da sua geração e talvez um dos últimos poetas
cinematográficos destes tempos racionais que vivemos.
A
sorte, no entanto, está ai em DVD; pode-se ainda ver Amacord e outras pérolas
de Fellini e sonhar, sonhar ao som de uma sanfona numa canção de Nino Rota.
Fonte: No escurinho do cinema
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