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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Depois do desktop, família brasileira planeja comprar notebook

Com a renda dos filhos, família Carmo, de São Paulo, conseguiu incrementar despensa com guloseimas
Foto: Olívia Alonso, iG São Paulo

Bianca e os pais Douglas e Silvia Helena: com renda maior, compraram câmera digital e computador e têm acesso à internet

Os membros da família Carmo vivem no bairro de Guaianases, em São Paulo, e trabalham fora. Juntos, têm uma renda de aproximadamente R$ 3.300 ao mês – soma que os coloca dentro da classe média brasileira. “Nos últimos anos, a vida melhorou muito para nós”, diz Bianca Helena do Carmo, a filha mais nova.

Como hoje moram em casa própria - que acabaram de construir em um terreno que o chefe da família, Douglas, levou cinco anos para conseguir comprar - e não precisam pagar aluguel. Assim, descontadas as despesas da casa e do financiamento de um dos carros da família, podem realizar seus sonhos de consumo e guardar um pouco todos os meses.

“Minha última compra foi uma câmera fotográfica digital. Agora, quero um notebook”, diz Bianca. Na casa deles, de três quartos, já têm um computador com acesso à internet por banda larga, serviço que lhe custa R$ 59,90 ao mês. Despesas como essa passaram a fazer parte do orçamento da família há poucos anos, quando os pais se estabilizaram nos empregos e os filhos começaram a trabalhar.

Bianca e o irmão, Paulo, têm mais estudos que os pais. Os dois terminaram o ensino médio. Agora, ela planeja cursar pedagogia à noite, conciliando a faculdade com o trabalho atual de empregada doméstica e com aulas de informática. Paulo quer fazer um curso técnico, mas ainda não escolheu qual.

Sozinhos, os irmãos já fazem com que a família faça parte da classe média brasileira. Como trabalham formalmente e juntos ganham um pouco mais do que dois salários mínimos, contribuem com mais de R$ 1.200 para a renda da casa (no Brasil, são consideradas de classe média famílias com renda mensal de R$ 1.126 a R$ 4.428.

Essa situação é comum no País e é uma das causas do crescimento da classe média. Muitas vezes os pais eram de classe D, mas a partir do momento que os filhos começam a contribuir com o orçamento, toda a família sobe de patamar. “É a mobilidade intergeracional, de uma geração para outra”, diz o pesquisador Haroldo Iunes, da consultoria Plano CDE. “Se o jovem de ensino médio consegue emprego, caso tenha formação técnica, já entra no mercado como classe média."

Como as despesas básicas cresceram bem menos do que a renda da família Carmo, sobrou mais dinheiro para todos gastarem. “Antes eu fazia alguns bicos e ganhava R$ 70 ao mês. Agora, consigo comprar bastante coisa. Meu irmão, então, adora gastar. Ele quer comprar roupas todos os meses”, conta Bianca.

A mãe é a mais econômica da família. É ela quem controla as finanças familiares. Abriu uma conta no banco e deposita na poupança pelo menos R$ 120 ao mês. Todos os meses, ela junta seu salário, de R$ 1 mil, com o do marido, de pouco mais de R$ 1 mil, e paga as contas de água, luz, e o financiamento de um dos carros da família – um Gol antigo. No orçamento da família Carmo, inclusive, sobra dinheiro para irem ocasionalmente a uma pizzaria nos fins de semana.
Fonte: Portal iG

A casa da nova classe média brasileira

Classe C prefere imóveis de dois quartos e prioriza conforto a status

Nos bairros de classe média das grandes cidades brasileiras é comum nos depararmos com imensos edifícios dividindo espaço com casas simples, até mesmo sem reboco. Mas a discrepância, em muitos casos, fica principalmente da porta para fora. “A nova classe média está muito mais preocupada com conforto do que com status”, afirma Luciana Aguiar, antropóloga e sócia da empresa de consultoria e pesquisa Plano CDE.

“As prioridades são outras. São pessoas que geralmente gastam o que restou do salário com eletrodomésticos de última geração. A casa é colorida e arrumada por dentro, mas quem passa na frente nem imagina”, afirma.

Mercado imobiliário

Hoje com mais posses, a classe C exige segurança e se protege em condomínios fechados, sendo que 25% dessa camada vive de aluguel. O tipo de apartamento mais procurado contempla dois dormitórios, que comportam famílias multinucleares e todo tipo de bens de consumo.

Recuperadas da crise econômica mundial ocorrida entre o fim de 2008 e início de 2009, as construtoras e incorporadoras atentaram para essa preferência e, em 2010, focaram seus lançamentos em imóveis dentro desse perfil.

Classe C prefere imóveis de dois quartos e prioriza conforto a status

Só na cidade de São Paulo, maior mercado do País, as unidades de dois quartos representaram, aproximadamente, 40% do total das vendas entre janeiro e novembro de 2010, segundo dados do Sindicato da Habitação do Estado de SP (Secovi). O destaque ficou para os imóveis de 46 m² a 65 m², com 39% de participação do total de unidades vendidas. Em seguida, vieram as unidades de 66 m² a 85 m², com 22%, e as de 86 m² a 130 m², com 17%.

O aumento do emprego formal, a queda das taxas de juros e o lançamento do Minha Casa, Minha Vida – programa do Governo Federal que enquadra imóveis de até R$ 130 mil e beneficia famílias com renda de três a dez salários mínimos – estão entre os fatores que facilitaram a compra de imóveis nos últimos anos.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a classe C é formada por famílias que recebem mensalmente de cinco a dez salários mínimos, o que hoje corresponde a 33% do total de brasileiros, ou seja, 57 milhões de pessoas. Em 2002, esse grupo era composto por 13 milhões de habitantes (26% da população).
Fonte: Portal iG

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Classes médias do Brasil, Índia e China vão mover consumo global

Até 2020, um em cada cinco habitantes do planeta será da classe C destes países; grupo responderá por um mercado de R$ 37 trilhões

A paulistana Bianca do Carmo, de 23 anos, comprou sua primeira câmera fotográfica digital no fim do ano passado. Seu sonho de consumo, agora, é um notebook com acesso à internet. Ela vive e trabalha em São Paulo, no bairro de Guaianases, zona leste. Com seu salário, consegue ajudar a família com as despesas do lar e realizar alguns pequenos desejos. Cui Yingjing, de 25 anos, é chinesa e, no mês passado, gastou o equilvante a R$ 160 em duas peças de roupa que namorou na vitrine do shopping center próximo à sua casa, em Xangai. Agora, ela está poupando para pagar uma passagem aérea quando tirar férias. Em Nova Déli, o indiano Sunil Vishwakarma, de 30 anos, comprou recentemente um vestido “não de uma loja qualquer, mas de um design” para sua mulher. O casal agora faz contas para encaixar no orçamento a mensalidade da escola do filho pequeno.

Cada um desses cidadãos vive em um lugar do mundo, tem sua religião e sua cultura. Mas os três estão entre o contingente de 314 milhões de pessoas que fazem parte da classe média do Brasil, Índia e China – um grupo que deve mais do que quadruplicar nos próximos dez anos. Em 2020, um em cada cinco habitantes do planeta será de classe média destes países.
Para Jim O’Neill, o economista do banco Goldman Sachs que em 2001 criou o termo “Bric” - para Brasil, Rússia, Índia e China -, não há duvidas de que ”essas famílias serão o principal motor do crescimento global até 2020”, como afirma em entrevista ao iG. A Rússia tem sido reiteradamente ficado para trás na análises dos bancos. Isso aconteceu porque a classe média russa não tem apresentado níveis de crescimento tão expressivo na comparação com os demais países.

Hoje, há 94 milhões de brasileiros na classe C, quase metade da população do País. Na China, cerca de 160 milhões de cidadãos pertencem à classe média, ou 12% da população. Na Índia, a proporção é menor. São 5% dos indianos, ou cerca de 60 milhões de pessoas.

Mas a expectativa do banco Goldman Sachs é que mais pessoas terão uma renda maior, deixarão as condições de pobreza e passarão a fazer parte da classe C nos três países. “A década passada foi marcada pelo surgimento do Bric. A atual ficará para a história como a das classes médias desses países”, afirmam os economistas do Goldman Sachs, no relatório “É a década dos Brics?”.

O maior avanço percentual da classe média deverá ocorrer na Índia. Em outra pesquisa, "A Classe Média Global", o Goldman Sachs estima que 46% dos indianos farão parte desta categoria até 2025, algo como 583 milhões de habitantes – quase o dobro da população atual dos Estados Unidos.

Mas é na China que mais pessoas vão aumentar o tamanho do grupo. A consultoria McKinsey & Company prevê que 700 milhões de habitantes devam fazer parte da classe média chinesa em cerca de dez anos, aproximadamente metade da população atual. No Brasil, o crescimento será menos expressivo, na visão dos economistas do Goldman Sachs, mas serão da classe C nada menos do que 60% dos brasileiros.

Ao todo, serão pelo menos 1,3 bilhão de pessoas - mais do que todos os moradores da Europa e dos Estados Unidos - consumindo produtos e serviços. Em um momento em que norte-americanos e europeus controlam seus gastos – ainda abalados pela crise financeira de 2008 – brasileiros, chineses e indianos formam um mercado consumidor gigantesco não só para os próprios países, mas para todo o mundo.

Na projeção da consultoria McKinsey, o poder aquisitivo desse exército global de consumidores pode chegar a US$ 20 trilhões, ou aproximadamente R$ 36,6 trilhões, em 2020, duas vezes o poder de consumo atual dos Estados Unidos.

Todo esse dinheiro não será destinado apenas ao pagamento das despesas essenciais - como luz, água, alimentação, transportes, entre outras - das famílias brasileiras, indianas e chinesas de classe média. Muitas outras Biancas, Yingjings e Sunils vão comprar câmeras fotográficas digitais, notebooks, roupas, viagens e cursos.

“Conforme a renda melhora, uma porcentagem maior do orçamento – que antes era mais concentrada em alimentação e outras despesas – passa a ser usada em itens opcionais”, afirma a economista indiana Rachna Saxena, do banco Deutsche Bank, no estudo “A classe média da Índia”.

Dessa forma, o consumo das famílias de classe média nos três países deverá ser responsável por quase metade (49%) do crescimento global entre 2010 e 2020, na projeção dos economistas do Goldman Sachs no estudo “Os Brics como motores do consumo global”. Na última década, Brasil, Índia e China contribuíram com pouco mais de um terço do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, que é a soma das riquezas geradas) do mundo, segundo cálculos do banco.

Círculo virtuoso

A continuidade do crescimento econômico e da renda, nos três países, será o principal motivo de expansão das classes médias. Rachna, do Deutsche Bank, diz que os países vivem um círculo virtuoso. “O aumento da renda leva ao maior consumo, que acaba puxando o crescimento econômico, então surgem melhores oportunidades de emprego e, em consequencia, maiores salários, então o círculo começa outra vez.”

Dentro deste movimento, à medida que conseguirem emprego e maiores salários, brasileiros, indianos e chineses vão deixar a pobreza e passar à classe média. “Com pelo menos duas pessoas trabalhando formalmente, a família provavelmente já entra para a classe C”, diz o pesquisador Haroldo Iunes, da consultoria Plano CDE, com sede em São Paulo e que analisa o universo das classes C, D e E.

Para Jim O´Neill, além do aumento do emprego e da renda, outros fatores devem continuar a contribuir para o crescimento das economias e das classes médias brasileira, indiana e chinesa: a urbanização e a globalização. “As aspirações pessoais, os ganhos de produtividade, globalização e a crescente urbanização serão fundamentais”, afirma o economista da Goldman Sachs.


Na China, milhares de pessoas deverão sair de zonas rurais rumo a cidades maiores em busca de salários mais altos. “Esses trabalhadores, que hoje são os mais pobres do país, deverão subir a escada da renda, criando uma nova e massiva classe média”, afirmam economistas da McKinsey no estudo “O valor da classe média emergente na China”. Hoje, cerca de 60% dos chineses ainda vivem no campo, segundo a consultoria.

O mesmo acontecerá na Índia. Lá, a consultoria McKinsey estima uma cifra ainda maior, de 71% da população. No Brasil, 16% vivem em áreas rurais, segundo o Censo 2010 do IBGE.

Capital humano

Além disso, mais empresas de todo o mundo vão demandar cada vez mais força de trabalho e capital intelectual de brasileiros, indianos e chineses. Para o economista Gautam Singh, do banco indiano AnandRathi, o avanço da classe média de seu pais deverá ser puxado por oportunidades de trabalho em serviços. “O setor deve crescer em média 10% ao ano até 2020.”

Grande parte da demanda deve vir do exterior. No livro “O Mundo é Plano”, do jornalista norte-americano e colunista do "The New York Times" Thomas Friedman, vencedor de três prêmios Pulitzer, diz que o crescimento chinês e indiano já vem sendo impulsionado pela terceirização de trabalho, que é resultado de investimentos em tecnologia e em banda larga e do barateamento dos computadores em todo o mundo. “O trabalho e o capital intelectual podem ser realizados de qualquer ponto do globo.”

Em Bangalore, na Índia, empresas de contabilidade contratadas por companhias dos Estados Unidos fizeram mais de 400 mil declarações de Imposto de Renda de norte-americanos em 2005, segundo Friedman. “Cerca de 70 mil contadores se formam na Índia a cada ano. A comunicação de alta velocidade, o treinamento e os formulários padronizados permitem convertê-los num prazo breve, a um custo pífio, em contadores ocidentais rudimentares.”

No mesmo sentido, hospitais norte-americanos terceirizam a elaboração de laudos de tomografia para médicos indianos e, em 2006, cerca de 245 mil indianos atendiam ligações de todas as partes do mundo em call centers instalados na Índia.

Na China, Friedman dá como exemplo da globalização a cidade portuária de Dalian, no nordeste do país. “GE, Microsoft, Dell, SAP, HP, Sony, Accenture, todas elas canalizaram para lá as atividades de apoio administrativo de suas operações na Ásia, bem como a pesquisa e o desenvolvimento de novos softwares.” A entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, incentivou empresas estrangeiras a se instalarem não só em Dalian, mas em todo o país, e serem protegidas pelas leis intencionais, segundo Friedman.

Dalian tem 22 universidades e mais de 200 mil alunos, a maioria de engenharia, que são incentivados a aprender inglês e japonês para ganhar empregabilidade. “A ideia na China é de primeiro trabalhar para os outros, depois montar suas próprias empresas.”

No Brasil, as apostas são de que o crescimento econômico e o aumento do crédito vão levar as pessoas a consumirem mais. Como o custo da mão de obra é maior do que em outros países, o País deverá atrair investimentos estrangeiros principalmente em infraestrutura, setor que possui enormes demandas, recursos naturais, bioenergia e petróleo e gás.
Fonte: Portal iG

Entenda o conceito de classe média

Universalmente, são consideradas de classe C as famílias que deixaram de ser pobres para terem um nível melhor de vida

Não há uma definição universal do termo. Em geral, entende-se como classe média a fatia da população intermediária entre os mais ricos e os mais pobres. Para o jornalista Thomas Friedman, vencedor de três prêmios Pulitzer e autor do best seller "O Mundo É Plano", a definição é uma ideia, e não depende da renda. “Classe média é outro jeito de descrever pessoas que acreditam que saíram de um patamar de pobreza ou classe baixa, para um nível de vida bom e melhor para seus filhos.”

No Brasil, uma das classificações mais usadas é a do pesquisador Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), em que faz parte da classe média uma família que possui renda mensal de R$ 1.126 a R$ 4.428. Mas outros pesquisadores, como Haroldo Iunes, da consultoria Plano CDE, especializada no universo das classes C, D e E, consideram que o topo da renda mensal familiar de classe média é R$ 3 mil.

Na China, alguns estudiosos consideram como classe média os indivíduos que não dependem de sua forca braçal para sobreviver, que possuem casa e carro e dinheiro suficiente para poder comer fora de casa. A agência de notícias do governo China.org afirma que fazem parte da categoria as famílias que têm renda entre 60 mil yuans e 500 mil yuans ao ano, o que corresponde a um ganho mensal de R$ 1.250 a R$ 10.700.

Na Índia, a McKinsey considera de classe média as famílias que ganham de 200 mil rúpias a 1 milhão de rúpias ao ano, o que corresponde a aproximadamente R$ 350 a R$ 4.500 ao mês.
O banco Goldman Sachs define como classe média a família que possui renda anual de $ 6 mil a $ 30 mil, na moeda de seu país. Faz parte da categoria quem ganha de $ 500 a $ 2500 ao mês. Apesar de ser um bom método de classificação - pois reflete melhor o poder de compra para cada país - é pouco usado como referência.

Nos Estados Unidos, são normalmente consideradas de classe média as famílias com uma renda mensal de R$ 3.400 a R$ 10.460.
Fonte: Portal iG

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A manipulação dos mercados pelas agências de rating

No nosso sistema capitalista ultrafinanceiro, nunca se falou tanto das agências de "rating" como agora.

AA-, CCC, B+, perdidos no meio das notações, aceitamos como normal que um pequeno grupo de empresas privadas regule a economia mundial.

Como se formaram? Qual a sua credibilidade? Como se financiam? Qual o seu real poder? Quem as manipula? Quem beneficia da sua existência?

O que são as agências de rating?

O papel principal de uma agência de notação financeira (agência de rating) é de fazer a avaliação do risco daquele que faz a emissão de uma dívida financeira em não cumprir os seus compromissos, seja ele um estado ou uma empresa.
Essas agências atribuem notas, sendo que o sistema de notação varia de agência para agência, mas em todas vão de AAA (a melhor nota) até D (a pior nota).
Tabela de notação das três grandes agências de notação:

Um pouco de história
Muita gente acha que as agências de rating são um fenómeno recente, quando na realidade as primeiras agências de notação apareceram ainda no século XIX. Nos Estados Unidos, as grandes companhias de caminho-de-ferro necessitavam urgentemente de financiamento e em 1860, Henry Varnum Poor teve a ideia de classificar essas empresas para informar e facilitar a escolha aos credores.
No século seguinte, em 1941, nasceu a agência Standard & Poor e em 1909 já tinha nascido a Moody's, e só nos anos 2000 a Fitch.

Falta de concorrência

Apesar de existirem 64 agências de notação financeira em todo o mundo, as três agências anteriormente citadas concentram 90% do mercado. Esta concentração resulta principalmente da necessidade de adquirirem uma boa reputação, o que só pode ser feito ao longo do tempo graças a uma forte experiência.
A avaliação financeira das obrigações mundiais está assim dependente da Moody's, da Fitch e da Standard & Poor's, e portanto dos mercados americanos.

Falta de independência

Inicialmente, as agências de notação eram financiadas pelos jornalistas financeiros, mas actualmente, são financiadas directamente pelos estados ou empresas que recorrem aos seus serviços. Esse valor pode ir de 50 000 a 150 000 euros para um serviço de algumas semanas ou meses.

Estas agências são portanto empresas privadas e todas sediadas nos Estados Unidos.

Nestas condições, como garantir a independência quando a remuneração dessas agência provem dos honorários dos clientes que são notados?

Falta de transparência

Estas agências não detalham os mecanismos e critérios com os quais atribuem as suas notas.
Esta falta de transparência impede o seu controle por qualquer entidade exterior, seja ela pública ou privada.

Como romper com uma agência de notação?

Apesar dos contratos com estas agências ser um acto voluntário, ele é no entanto fundamental hoje em dia para ter credibilidade no mercado. Não é fácil, para um estado ou empresa, romper esse contrato e eventualmente mudar de agência, dado que uma das sanções poderá ser a diminuição da nota por parte dessa agência.

Soluções?

Entretanto, as três agências financeiras americanas continuam a afundar o euro
Para resolver todos os problemas anteriormente referidos, poderiam ser criadas agências de notação estatais, pagas pelos impostos e não pelos clientes privados. Todavia, criar por exemplo uma agência de notação europeia, também coloca alguns problemas.

O primeiro, é saber como seriam nomeados os responsáveis por essa agência? Pela comissão Europeia? Pelos Estados membro da União Europeia? Será que essas nomeações seriam garantes de independência?
Além disso, as notas de uma agência europeia poderiam não ser credíveis, dadas as pressões exercidas pelos estados para verem as suas notas serem notadas arterialmente altas.

http://politique-blog.over-blog.fr/article-le-scandale-des-agences-de-notation-49450484-comments.html
http://www.creg.ac-versailles.fr/spip.php?article389
http://lexpansion.lexpress.fr/economie/l-agence-de-notation-europeenne-une-fausse-bonne-idee_231483.html
Origem: Octopus

Anna Netrebko: "Il bacio” de Arditi

domingo, 14 de agosto de 2011

Porque é Dia dos Pais: Cinema Paradiso

Cinema Paradiso

Este filme desperta em mim diversos sentimentos.
Recorda o amor, meu pai, minha infância e o passado em geral.
O que mais desperta é a nostalgia... a maravilhosa nostalgia.
Minha eterna gratidão a meu pai, a Giuseppe Tornatore e a Ennio Morricone.


Cinema Paradiso "soundtrack final" "Tema finale" "final theme"


Ennio Morricone - Cinema Paradiso