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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Reis cruéis se divertiam com a dor dos bobos

Quem eram os bobos da corte? Quase sempre eram loucos, anões, corcundas e outros deficientes físicos. "Às vezes até quebravam a coluna do sujeito para que ele fizesse melhor figura frente ao rei". A função era entreter os monarcas, que riam das palhaçadas e, principalmente, das deformidades físicas. Essa terrível profissão era comum no final da Idade Média, entre os séculos XIV e XVI. Não era um trabalho dos mais prestigiados. Em Rei Lear (William Shakespeare), o protagonista, destituído do poder, acaba chegando à conclusão de que ele é mais tolo do que o bobo que o acompanha.
Shakespeare usou os bobos para fazer críticas aos poderosos, aproveitando a liberdade que esses personagens tinham. Nas peças, eles acabavam falando verdades que ninguém ousava dizer.


Do Assédio ao Bullying! Bobo da corte... será que "vale a pena ver de novo" ?

O bullying em locais de trabalho (algumas vezes chamado de "Bullying Adulto") é descrito como:

“Um problema sério que muito frequentemente as pessoas pensam que seja apenas um problema ocasional entre indivíduos. Mas o bullying é mais do que um ataque ocasional de raiva ou briga. É uma intimidação regular e persistente que solapa a integridade e confiança da vítima do bully. E é frequentemente aceita ou mesmo encorajada como parte da cultura da organização".

Um exemplo tão comum: normalmente, uma alcunha (apelido) é dada a alguém por um amigo, devido a uma característica única dele. Em alguns casos, a concessão é feita por uma característica que a vítima não quer que seja chamada, tal como uma orelha grande ou forma obscura em alguma parte do corpo. Em casos extremos, gerentes podem ajudar a popularizá-la, mas isto é geralmente percebido como inofensivo ou o golpe é sutil demais para ser reconhecido. Há uma discussão sobre se é pior que a vítima conheça ou não o nome pelo qual é chamada. Todavia, uma alcunha pode por vezes tornar-se tão embaraçosa que a vítima terá que mudar de emprego.

A maior dificuldade é saber quando acontece de fato e quando não é algo que decorre do trabalho. É a sutileza que torna o assédio moral ou bullying ainda mais perverso. Pois o trabalhador não é assediado de forma clara, na frente de outros, mas muitas vezes na forma de brincadeiras cheias de sarcasmo. A principal queixa dos funcionários não é a pressão em si, mas como ela é feita, "de maneira a desqualificar, humilhar, com atos que parecem sutis, mas não são como brincadeiras e fofocas.”

A organização é diretamente afetada respondendo pelo prejuízo da sua imagem e indenização pelo dano causado ao empregado.

Do ponto de vista jurídico, o tema é novo e chegou aos tribunais de forma recente, tornando uma ramificação do Assédio. "Há cinco anos não existiam casos e hoje já há alguns nos quais se pleiteiam indenizações. Mas não existem grandes cases no direito brasileiro". Entre os casos estudados pelos juízes está o de vendedores que, obrigados a bater metas, solicitam empréstimos bancários para comprar os produtos que vendem. "Há várias decisões em primeira instância, algumas com somas bastante altas", afirmou, lembrando do caso da funcionária de uma rede de farmácias que era obrigada a arrumar diversas vezes as prateleiras de produtos, após seu gerente jogar tudo no chão, o que resultou numa indenização alta.

A imprensa internacional noticiou recentemente a advogada que aceitou acordo de indenização fora dos tribunais da empresa que ela processava com acusações de perseguição por ser mulher, intimidação e discriminação durante 18 meses, o que a deixou mentalmente abalada e incapaz para o trabalho.

O objetivo do agressor é forçar o funcionário a desistir do emprego, coro que a pessoa logo encontra na família, parceiro e amigos caso decida contar pelo que vem passando durante a jornada de trabalho. Mas o conselho de deixar o trabalho, além de não ser motivado pelas condições gerais do mercado, ainda encontra uma barreira mais resistente, a psicológica. "A pessoa fica o tempo todo querendo provar que ela não é aquilo que falam ou pensam dela".

Fonte: itseniorexecutive

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