Assisti à primeira vez a esse filme quando estava em Valencia na Espanha em 2009 na companhia de minha amiga Chelo.Tornei a vê-lo recentemente.É lindo!
http://youtu.be/kckejxrCDI0
The Painted Veil (O Véu Pintado (título em Portugal) ou O Despertar de uma Paixão (título no Brasil)) é uma co-produção cinematográfica dos Estados Unidos da América e da China, de 2006, filmada em Guilin, na região chinesa de Guangxi. Baseada no livro homônimo de William Somerset Maugham, se passa nos anos 20 e conta a história de um jovem casal europeu que se casa por motivos errados e parte para morar em Xangai. Houve duas versões anteriores: a primeira em 1934, estrelada por Greta Garbo; a segunda em 1957, recebeu o título de "The Seventh Sin", tendo Eleanor Parker no papel principal.
Assim como muitas heroínas românticas – em uma época em que o casamento era visto como uma verdadeira obrigação para as mulheres –, Kitty Fane (Naomi Watts) colocou na sua cabeça que só se casaria por amor. No entanto, na medida em que ficava mais velha, maior era a preocupação (especialmente de sua mãe) com o fato de que Kitty continuava solteira. Quando a irmã mais nova dela consegue um noivo, Kitty acorda para a realidade e aceita a proposta de casamento do bacteriologista Walter Fane (Edward Norton) – um homem que ela mal conhece e, principalmente, não ama.
Começar uma vida nova a dois é sempre muito difícil, não importa a circunstância. Imagine então se você for “obrigada” a ir a um novo país (China), aonde você não conhece a língua, a cultura e se sente entediada. A vida de Kitty se torna um pouco mais interessante quando ela conhece Charlie Townsend (Liev Schreiber), um homem completamente diferente de Walter e com quem Kitty começa a ter um romance. Walter, que mantinha as esperanças de que, um dia, Kitty viesse a amá-lo também cai na realidade e, num ato totalmente intransigente, embarca com sua esposa para um vilarejo chinês completamente arrasado por uma epidemia de cólera.
É a partir deste momento que o filme “O Despertar de uma Paixão”, do diretor John Curran, começa a ficar bem interessante. A partir do ato da traição, Curran começa a trabalhar com vários temas que foram vistos em seu trabalho anterior, o drama “Tentação” (que também contava com Naomi Watts no elenco). São eles: a culpa que Walter sente por ter sido tolo em acreditar que poderia ser feliz ao lado de Kitty; e a visão um tanto realista que Kitty tem sobre toda a vida que leva ao lado de Walter – chama a atenção o fato de que, em nenhum momento, ela demonstra arrependimento pelos seus atos. O verdadeiro interesse dela é tentar convencer Walter de que é a distância existente entre os dois a principal causa pela infelicidade profunda que eles experimentam.
No geral, “O Despertar de uma Paixão” é um filme sobre a jornada de Kitty, que deixa de ser uma mulher mimada, e cresce para se tornar alguém que entende que amor e obrigação andam um ao lado do outro. O filme consegue passar isso de maneira perfeita para a platéia, através da congruência das atuações excelentes de Edward Norton e Naomi Watts (bem como do elenco de apoio formado por Liev Schreiber, Toby Jones e Diana Rigg), da ótima direção de John Curran, da belíssima fotografia de Stuart Dryburgh e da trilha sonora vencedora do Globo de Ouro composta por Alexandre Desplat – “A La Claire Fontaine” não é uma música do compositor francês, mas a parte final de “O Despertar de uma Paixão” ao som desta canção tem que ser uma das mais belas sequências do ano passado: as palavras “Il y a longtemps que je t’aime. Jamais je ne t’oublierai” ficaram comigo por um bom tempo.
O Despertar de uma Paixão (The Painted Veil, China, EUA, 2006)
Diretor(es): John Curran
Roteirista(s): Ron Nyswaner
Elenco: Naomi Watts, Edward Norton, Liev Schreiber, Toby Jones, Diana Rigg, Catherine An, Bin Li, Anthony Wong Chau-Sang, Bin Wu, Alan David, Marie-Laure Descoureaux, Sally Hawkins, Juliet Howland, Lorraine Laurence, Johnny Lee
Fonte: Cinéfila por Natureza
http://youtu.be/kckejxrCDI0
The Painted Veil (O Véu Pintado (título em Portugal) ou O Despertar de uma Paixão (título no Brasil)) é uma co-produção cinematográfica dos Estados Unidos da América e da China, de 2006, filmada em Guilin, na região chinesa de Guangxi. Baseada no livro homônimo de William Somerset Maugham, se passa nos anos 20 e conta a história de um jovem casal europeu que se casa por motivos errados e parte para morar em Xangai. Houve duas versões anteriores: a primeira em 1934, estrelada por Greta Garbo; a segunda em 1957, recebeu o título de "The Seventh Sin", tendo Eleanor Parker no papel principal.
Assim como muitas heroínas românticas – em uma época em que o casamento era visto como uma verdadeira obrigação para as mulheres –, Kitty Fane (Naomi Watts) colocou na sua cabeça que só se casaria por amor. No entanto, na medida em que ficava mais velha, maior era a preocupação (especialmente de sua mãe) com o fato de que Kitty continuava solteira. Quando a irmã mais nova dela consegue um noivo, Kitty acorda para a realidade e aceita a proposta de casamento do bacteriologista Walter Fane (Edward Norton) – um homem que ela mal conhece e, principalmente, não ama.
Começar uma vida nova a dois é sempre muito difícil, não importa a circunstância. Imagine então se você for “obrigada” a ir a um novo país (China), aonde você não conhece a língua, a cultura e se sente entediada. A vida de Kitty se torna um pouco mais interessante quando ela conhece Charlie Townsend (Liev Schreiber), um homem completamente diferente de Walter e com quem Kitty começa a ter um romance. Walter, que mantinha as esperanças de que, um dia, Kitty viesse a amá-lo também cai na realidade e, num ato totalmente intransigente, embarca com sua esposa para um vilarejo chinês completamente arrasado por uma epidemia de cólera.
É a partir deste momento que o filme “O Despertar de uma Paixão”, do diretor John Curran, começa a ficar bem interessante. A partir do ato da traição, Curran começa a trabalhar com vários temas que foram vistos em seu trabalho anterior, o drama “Tentação” (que também contava com Naomi Watts no elenco). São eles: a culpa que Walter sente por ter sido tolo em acreditar que poderia ser feliz ao lado de Kitty; e a visão um tanto realista que Kitty tem sobre toda a vida que leva ao lado de Walter – chama a atenção o fato de que, em nenhum momento, ela demonstra arrependimento pelos seus atos. O verdadeiro interesse dela é tentar convencer Walter de que é a distância existente entre os dois a principal causa pela infelicidade profunda que eles experimentam.
No geral, “O Despertar de uma Paixão” é um filme sobre a jornada de Kitty, que deixa de ser uma mulher mimada, e cresce para se tornar alguém que entende que amor e obrigação andam um ao lado do outro. O filme consegue passar isso de maneira perfeita para a platéia, através da congruência das atuações excelentes de Edward Norton e Naomi Watts (bem como do elenco de apoio formado por Liev Schreiber, Toby Jones e Diana Rigg), da ótima direção de John Curran, da belíssima fotografia de Stuart Dryburgh e da trilha sonora vencedora do Globo de Ouro composta por Alexandre Desplat – “A La Claire Fontaine” não é uma música do compositor francês, mas a parte final de “O Despertar de uma Paixão” ao som desta canção tem que ser uma das mais belas sequências do ano passado: as palavras “Il y a longtemps que je t’aime. Jamais je ne t’oublierai” ficaram comigo por um bom tempo.
O Despertar de uma Paixão (The Painted Veil, China, EUA, 2006)
Diretor(es): John Curran
Roteirista(s): Ron Nyswaner
Elenco: Naomi Watts, Edward Norton, Liev Schreiber, Toby Jones, Diana Rigg, Catherine An, Bin Li, Anthony Wong Chau-Sang, Bin Wu, Alan David, Marie-Laure Descoureaux, Sally Hawkins, Juliet Howland, Lorraine Laurence, Johnny Lee
Fonte: Cinéfila por Natureza
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