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"Quando começares a tua viagem para Ítaca, reza para que o caminho seja longo, cheio de aventura e de conhecimento...enquanto mantiveres o teu espírito elevado, enquanto uma rara excitação agitar o teu espírito e o teu corpo." ...Konstantinos Kaváfis,trad.Jorge de Sena in Ítaca
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, não será publicado comentários que firam a lei e a ética.
Por ser muito antigo o quadro de comentário do blog, ele ainda apresenta a opção comentar anônimo, mas, com a mudança na legislação

....... NÃO SERÁ PUBLICADO COMENTÁRIO ANÔNIMO....

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Capitalismo do Desastre


Grécia, Irlanda, Portugal. O próximo será a Espanha?
E depois?


Transcrito do xatoo - Primeiro caiu a *1Grécia, depois caiu a Irlanda, Portugal acabou de cair e a seguir é a Espanha. Para entender qual é o verdadeiro objectivo e consequência da entrada do FMI na gestão de paises até aqui soberanos, é essencial ver "A Doutrina do Choque - A Ascenção do Capitalismo de Desastre", um filme baseado no livro de Naomi Klein (2007). O capitalismo de desastre não é um novo tipo de capitalismo, um novo sistema, "mas é um sistema aperfeiçoado de resposta à crise. Essa exploração organizada das situações de crise, de calamidades públicas e de desastres ecológicos, afecta as colectividades humanas, paralisa os grupos sociais e as pessoas diante do medo, tornando-as impotentes diante da realidade, para que o capital tire proveito desse medo e obtenha lucros cada vez maiores” (*2 Vânia Cury)

Com efusivas saudações ao *3 camarada que legendou o filme em português (1h;18min;38seg)

A Doutrina do Choque from Muito Aterrorizado on Vimeo.




*1http://www.esquerda.net/artigo/juros-da-gr%C3%A9cia-ultrapassam-os-25
*2http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16597
*3http://vimeo.com/21049802

José Afonso - Os Vampiros (ao vivo no Coliseu)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vozes contra a globalização


Irlanda, Grécia e Portugal que o digam.


Os Amos do Mundo

Um retrato lúcido acerca da Globalização num excelente documentário da TVE.
A não perder.


Voces contra la globalización (Otro mundo es posible)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Postura política e estruturas cerebrais

Eis um estudo que dá margem para um bom debate.
Liberais e conservadores têm estruturas cerebrais diferentes
Regiões do cérebro que lidam com medo e incerteza mostram modos de desenvolvimento diversos, de acordo com a postura política

As pessoas com inclinações políticas liberais têm cérebros estruturalmente diferentes dos conservadores, revelou um estudo divulgado no periódico Current Biology.

Os liberais têm mais matéria cinzenta em uma região do cérebro associada à compreensão da complexidade, enquanto que o cérebro dos conservadores é maior na região vinculada ao processamento do medo, indicou o estudo.

"Concluímos que um maior liberalismo estava associado a um maior volume de massa cinzenta na circunvolução do cíngulo anterior do córtex cerebral, enquanto um maior conservadorismo associa-se a um volume maior da amígdala cerebral direita", afirmou o trabalho.
Outra pesquisa havia mostrado que existe uma maior atividade cerebral nessas áreas, de acordo com a postura política da pessoa, mas se trata do primeiro estudo a mostrar uma diferença física no tamanho das mesmas regiões.

"Antes, sabia-se que alguns traços psicológicos poderiam predizer a orientação política de um indivíduo", disse Ryota Kanai, da Universidade College London, onde a pesquisa foi realizada.
"Nosso estudo agora vincula esses traços da personalidade a estruturas cerebrais específicas".

O estudo baseou-se em 90 "adultos jovens saudáveis" que classificaram sua postura política em uma escala de um a cinco, de muito liberal a muito conservador, e que depois concordaram em ter o cérebro escaneado.

As pessoas com uma amígdala cerebral maior são "mais sensíveis ao desgosto" e tendem a "responder a situações ameaçadoras com mais agressividade que os liberais, além de serem mais sensíveis a expressões faciais ameaçadoras", afirma o estudo.

Os liberais, por outro lado, estão vinculados a uma maior circunvolução do cíngulo anterior do córtex cerebral, uma região "que controla a incerteza e os conflitos", disse.
"Portanto, é concebível que os indivíduos com uma maior circunvolução do cíngulo anterior tenham mais capacidade de tolerar a incerteza e os conflitos, o que lhes permite ter pontos de vista mais liberais".

No entanto, ainda não se sabe se as desigualdades estruturais causam as diferenças nos pontos de vista políticos ou se ocorre o contrário, ou seja, são efeitos destes últimos.
O fato é que os pontos de vista políticos parecem girar em torno da forma com a qual as pessoas reagem ao medo.

"Nossos resultados são coerentes com a proposta de que a orientação política associa-se aos processos psicológicos que controlam o medo e a incerteza", afirmou o estudo.
Fonte: Portal IG

terça-feira, 26 de abril de 2011

Rastros químicos e alimentação

"Todos os dias o povo come veneno".

Quem são os responsáveis?
Ler na íntegra:http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=52697

Rastros Químicos - Chemtrails -

O que eles estão vaporizando no Mundo?

Parte 1/7


Denúncia - Rastros Químicos - parte 2


Denúncia - Rastros Químicos - parte 3


Denúncia - Rastros Químicos - parte 4


Denúncia - Rastros Químicos - parte 5


Partes 6 e 7 não disponíveis no You Tube

"Somos o que comemos"

Estudos científicos asseguram o princípio naturista de que "somos o que comemos". Boa parte do funcionamento dos nervos que percorrem nosso corpo e dos neurônios que dão vida a nosso cérebro depende dos carboidratos,das gorduras,da proteína e dos nutrientes que colocamos na boca.

Muito além do simples ato de comer

Nossos pensamentos, atitudes, condutas e estados de ânimo se alimentam de nossas experiências pessoais, familiares e sociais e também, atenção! das comidas e bebidas que ingerimos. O que comemos(e ingerimos)relaciona-se diretamente com nossa bioquímica cerebral

Mas como fica a qualidade da comida que consumimos, carregada de fertilizantes químicos, agrotóxicos, conservantes, hormônios e outros venenos?

Pela amostra do documentário abaixo eis o que aguarda a humanidade que se alimenta, excluídos os que passam fome. No Brasil essa situação já está presente.

El largometraje documental "Food Inc." muestra el funcionamiento de la industria alimentaria de EE.UU y los procesos que se ocultan al consumidor con el consentimiento de las agencias reguladoras y de control gubernamentales. Revela que el suministro de alimentos de EE.UU está controlado por un puñado de corporaciones que a menudo anteponen los beneficios a la salud del consumidor, al sustento de agricultores y granjeros y a la protección del medio ambiente.

En Norteamérica, cinco compañías de comida rápida determinan, con su poder de compra masivo, las reglas del juego para todo el sector agroganadero (condicionando incluso a los pequeños granjeros): desde qué cultivos monopolizan la producción hasta cómo se engorda y faena al ganado. El resultado es un sistema en el que la comida rápida, más barata que la saludable, ha copado restaurantes y supermercados, provocando daños a veces letales y augurando un futuro de obesidad y diabetes generalizado, mientras crece sin control un sector de empleo barato y desprotegido y el lobby que mantiene a raya a las entidades gubernamentales que deberían estar fiscalizándolo.

Apoyado en las investigaciones de Eric Schlosser para su 'bestseller' "Fast Food Nation" y en el libro de Michael Pollan "The Omnivore's Dilemma (El dilema del omnívoro)", el documental saca a la luz datos estremecedores sobre lo que comemos y cómo se produce y su efecto en la actividad económica y la salud del consumidor. Aunque este documental investiga la situación de la industria alimentaria en Estados Unidos, sus revelaciones hablan de una clara tendencia global.

Food Inc. (en español)


Food Inc 2/7 (sub español)


Food Inc 3/7 (sub español)


Food Inc 4/7 (sub español)


Food Inc 5/7 (sub español)


Food Inc 6/7 (sub español)
A incorporação foi desativada mediante solicitação

Food Inc 7/7 (sub español)


É possível conciliar a busca de alimentos para o maior número de pessoas de forma saudável?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Zeitgeist

É um polêmico documentário que se encaixa no rótulo de documentário teoria da conspiração.

Suscita questionamentos como:O que é a verdadeira realidade? Até onde somos manipulados?

Conceito de Zeitgeist

Zeitgeist:(pronúncia: tzait.gaisst) é um termo alemão cuja tradução significa espírito de época, espírito do tempo ou sinal dos tempos. O Zeitgeist significa, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características genéricas de um determinado período de tempo.

Estrutura do documentário

Primeira Parte: The Greatest Story Ever Told (A maior história já contada)
Segunda Parte: All The World's a Stage (O mundo inteiro é um palco)
Terceira Parte: Don't Mind The Men Behind The Curtain (Não se importe com os homens por detrás da cortina)-Wikipédia

Zeitgeist - 2007
Zeitgeist Addendum - 2008
Zeitgeist, Moving Forward - 2011


“Depois de uma cronologia histórica sobre os males que ameaçam fazer ruir os moldes da civilização ocidental – o modo de criação de dinheiro nas sociedades pré-capitalistas, a secular lavagem ao cérebro através da religião (a rejeição da lógica e do pensamento racional) e o contemporâneo beco sem saída do capitalismo financeiro gerador de fraudes e actos de banditismo – “uma sociedade baseada na ganância tem os dias contados” diz Peter Joseph Merola (nome ficticio) o principal mentor que conduziu à fundação do movimento Zeitgeist entretanto gerado e ampliado na internet.”( by xatoo)

O documentário está disponível nos vídeos do Google e também existe um link para um torrent no website do autor do filme: http://zeitgeistmovie.com/

Para assistir

Zeitgeist Moving Forward 2011 (Legendado BR) parte01de11


Zeitgeist - Part 2 of 12 / Legendado Português(BR) / FULL


Zeitgeist - Part 3 of 12 / Legendado Português(BR) / FULL


Zeitgeist - Part 4 of 12 / Legendado Português(BR) / FULL


Zeitgeist - Part 5 of 12 / Legendado Português(BR) / FULL


Zeitgeist - Part 6 of 12 / Legendado Português(BR) / FULL


Zeitgeist - Part 7 of 12 / Legendado Português(BR) / FULL


Zeitgeist - Part 8 of 12 / Legendado Português(BR) / FULL


Zeitgeist - Part 9 of 12 / Legendado Português(BR) /
FULL



Zeitgeist - Part 10 of 12 / Legendado Português(BR) / FULL


Zeitgeist - Part 11 of 12 / Legendado Português(BR) / FULL


Zeitgeist - Part 12 of 12 / Legendado Português(BR) / FULL


Zeitgeist Addendum

http://video.google.com/videoplay?docid=-2996112039116116532&hl=en#


http://video.google.com/videoplay?docid=-2996112039116116532&hl=en#docid=-1459932578939373300

http://video.google.com/videoplay?docid=

sábado, 23 de abril de 2011

Um filme: Ladrões de Bicicletas

Sequenza finale - "Ladri di Biciclette" (1948)




Ladrões de Bicicletas
Ladri di Biciclette


Sinopse A história de um desempregado a quem roubam a bicicleta, necessária para encontrar trabalho. A desesperada busca é pretexto para uma crônica da Itália em crise no pós-guerra e, principalmente, o retrato de uma relação entre pai e filho.

Produzioni De Sica
Itália, 1948, 93 min, drama

Realizador: Vittorio De Sica

Argumento: Vittorio De Sica, Cesare Zavattini, Suso Cecchi d’Amico, Oreste Biancoli, Adolfo Franci, Gerardo Guerrieri; baseado no romance de Luigi Bartolini
Actores:Lamberto Maggiorani, Enzo Staiola, Lianella Carell, Gino Saltamerenda, Vittorio Antonucci, Giulio Chiari

Antonio Ricci e o seu filho percorrem a cidade de Roma à procura da sua bicicleta, que foi roubada e de que necessita para trabalhar.

Segundo filme da trilogia neo-realista de Vittorio de Sica (os restantes são Sciuscia (1946) e Umberto D. (1952), Ladrões de Bicicletas é considerado o expoente máximo do movimento e resulta da colaboração entre o realizador e o argumentista Cesare Zavattini, um dos principais mentores do neo-realismo italiano. Zavattini apresentou o romance homónimo de Luigi Bartolini a De Sica e os dois viram nele a base para mais uma obra sobre a realidade italiana. De todas as adaptações do romance, nenhuma foi tão “desrespeitadora” em relação ao original como a de De Sica e Zavattini, tendo realizador e argumentista transformado a obra numa odisseia carregada de metáforas, em que a bicicleta é o “veiculo” para organizar a narrativa.

O financiamento de Ladrões de Bicicletas revelou-se difícil, particularmente após o falhanço comercial de Sciuscia. Uma das possibilidades de financiamento veio do produtor norte-americano David O. Selznick (E Tudo o Vento Levou), mas na condição de que o protagonista fosse interpretado por… Cary Grant! De Sica não aceitou e eventualmente conseguiu financiamento em Itália, dando, então, inicio ao casting do filme.

Seguindo as regras do neo-realismo, De Sica utilizou actores não profissionais no filme e organizou um grande casting para encontrar os seus protagonistas. No entanto, estes foram descobertos por acaso: Lamberto Maggiorani, que interpreta a personagem de Antonio Ricci, foi descoberto quando acompanhava os seus dois filhos ao casting para o personagem de Bruno Ricci e Enzo Staiola foi descoberto entre a multidão, que assistia ao primeiro dia de filmagens, nas ruas de Roma. Embora não tivessem nenhuma experiência como actores, Maggiorani e Staiola têm excelentes interpretações, muito devido às indicações do realizador, que contou com a sua experiência de actor (De Sica iniciou a sua carreira cinematográfica como ídolo de matines) para “moldar” os seus protagonistas.

Ao contrário do que seria de esperar, a rodagem de Ladrões de Bicicletas foi bastante elaborada e envolveu uma considerável equipa de profissionais. O generoso orçamento permitiu cenas em grande escala, centenas de figurantes e até o equipamento necessário para produzir chuva artificial. Como exemplo, refira-se que uma das principais cenas do filme (o roubo da bicicleta) envolveu seis câmaras a filmarem simultaneamente. Esta grandeza e planeamento “chocavam”, de acordo com alguns críticos, com os princípios de verdade do neo-realismo. No entanto, o movimento não defendia a falta de argumento ou estilo, bem pelo contrário.

Muito embora, De Sica se revele um extraordinário e inventivo realizador, fazendo de Ladrões de Bicicletas um filme completamente oposto ao de uma produção de Hollywood, a verdade é que as maiores influências do realizador são americanas: King Vidor e Charlie Chaplin. Essa influência deve-se ao recorrente tema da classe trabalhadora, que percorre a filmografia de ambos os realizadores americanos. É visível a influência de ambos no trabalho de De Sica e o trabalho deste, em particular Ladrões de Bicicletas, é uma homenagem a eles, nomeadamente a Chaplin, que era também um confesso admirador do realizador italiano.

Com Ladrões de Bicicletas e a filosofia neo-realista, De Sica propôs-se fazer um dos melhores filmes do mundo à época, mas o público e a crítica italiana não aceitaram bem o filme, criticando a visão pessimista do realizador. No entanto, o filme foi aclamado internacionalmente, tendo ganho um Óscar honorífico para melhor filme estrangeiro e foi eleito, em 1952, o melhor filme de todos os tempos, na primeira sondagem internacional da conhecida revista britânica Sight & Sound. A sondagem é realizada a cada dez anos e desde então Ladrões de Bicicletas é presença regular na listagem. O sucesso internacional fez com que o filme fosse distribuído uma segunda vez em Itália, mas, mais uma vez, revelou-se um fracasso.

Expoente máximo do neo-realismo, Ladrões de Bicicletas é muito mais do que o movimento e a época em que se enquadra, revelando qualidades e uma frescura, ainda hoje, que o elevam e fazem dele uma referência na história da sétima arte.
Fonte: Chambel.net

Vale a pena ver ou rever.

Por que hoje é sábado

Porter
Surround me with your love



Duran Duran
Save a Prayer

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Mouseland

Fábula política difundida por Tommy Douglas, prominente activista y político, elegido en 2004 como "El canadiense más grande de todos los tiempos". Reconocido como padre del paso del sistema de salud canadiense al modelo de Asistencia sanitaria universal.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Declaração Cibernética dos Direitos Humanos

A ONU lançou em Estocolmo, o documento “10 Direitos e Princípios da Governança da Internet”, onde procura estabelecer normas para o exercício da acessibilidade á rede mundial de computadores. Segundo Carlos Affonso Pereira de Souza, da Fundação Getúlio Vargas e representante do Brasil, o documento estabelece a idéia de uma internet regulada a partir de um olhar voltado para os direitos humanos e evitar proposições que busquem censurar o acesso à rede e o livre acesso ao conteúdo web. Os dez mandamentos da internet livre, segundo a ONU: Este documento define dez direitos fundamentais e princípios base de governança da Internet. Eles foram compilados pela Coligação Dinâmica de Direitos e Princípios da Internet (IRP), uma rede aberta de indivíduos e organizações que trabalham para defender os direitos humanos no mundo da Internet. Estes princípios estão enraizados nas normas internacionais de direitos humanos, e derivam da Carta de Direitos Humanos e Princípios Para a Internet em elaboração pela Coligação. A Internet oferece oportunidades sem precedentes para o conscencialização dos direitos humanos, e desempenha um papel cada vez mais importante nas nossas vidas diárias. Por conseguinte, é essencial que todos os intervenientes, tanto públicos como privados, respeitem e protejam os direitos humanos na Internet. Devem também ser tomadas medidas para garantir que a Internet funciona e evolui de modo a que os direitos humanos sejam defendidos, na medida do possível. Para ajudar a concretizar esta visão de uma Internet baseada em direitos, os 10 princípios e direitos são:
1) Universalidade e Igualdade Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, que devem ser respeitados, protegidos e cumpridos no ambiente online.
2) Direitos e Justiça Social A Internet é um espaço para a promoção, proteção e cumprimento dos direitos humanos e também da promoção de justiça social. Cada indivíduo tem o dever de respeitar os direitos humanos de todos os outros no ambiente online.
3) Acessibilidade Todos os indivíduos têm igual direito de acesso e utilização a uma Internet segura e aberta.
4) Expressão e Associação Todos os indivíduos têm o direito de procurar, receber e difundir informação livremente na Internet sem censura ou outras interferências. Todos os indivíduos têm também o direito de se associar livremente, seja para fins sociais, políticos, culturais ou outros, na e através da Internet.
5) Privacidade e Protecção de Dados Todos os indivíduos têm o direito à privacidade online, incluindo a liberdade de vigilância, o direito de usar criptografia e o direito ao anonimato online. Todos os indivíduos têm também o direito à proteção de dados, incluindo o controle sobre seleção, retenção, transformação, eliminação e divulgação de dados pessoais.
6) A Vida, Liberdade e Segurança O direito à vida, à liberdade e à segurança na Internet devem ser respeitados, protegidos e cumpridos. No ambiente online estes direitos não devem ser desrespeitados, ou utilizados para violar outros direitos.
7) Diversidade A diversidade cultural e lingüística na Internet deve ser promovida; técnicas e políticas inovadoras devem ser incentivadas para facilitar a pluralidade de expressão.
8)Rede de Igualdade Todos os indivíduos devem ter acesso universal e aberto ao conteúdo da Internet, livre de priorização discriminatória, de filtragem ou controle de tráfego por motivos comerciais, políticos ou outros. Declaração Cibernética dos Direitos Humanos.
9) Normas e Regulamentos A arquitetura da Internet, os sistemas de comunicação e o formato de documentos e dados devem ser baseados em padrões abertos que garantem a completa interoperabilidade, a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos. 10) Governança Os direitos humanos e a justiça social devem formar as bases legais e normativas sobre as quais a Internet funciona e é governada. Isto deve acontecer de forma transparente e multilateral, baseada nos princípios de abertura, participação inclusiva e de responsabilização.
Fonte:Tijolaço

domingo, 17 de abril de 2011

Por que hoje é domingo

Loreena McKennitt
The Mummres´dance




Lord Of the Dance
Cry of the Celts
Michael Flatley




Enya
Only Time


sábado, 16 de abril de 2011

Eternidade e um Dia

A música-tema do filme Eternidade e um Dia ouvi pela primeira vez, viajando pela Turquia, de Estambul rumo à Capadócia. Àquele momento imaginei ser uma música turca mas depois descobri que era grega e tema de um filme também grego.

Afinal Turquia e Grécia são tão próximas geograficamente.

O filme Eternidade e um Dia (grego: Μια αιωνιότητα και μια μέρα, Mia aioniotita kai mia mera) é um filme grego de 1998 estrelado por Bruno Ganz, e dirigida por *Theo Angelopoulos.
O filme ganhou a Palme d'Or e do Prémio do Júri Ecuménico no Festival de Cannes 1998.

*Theodoros Angelopoulos (Grécia: Αγγελόπουλος Θεόδωρος) (nascido em 27 de abril de 1935) é um grego cineasta, roteirista e produtor de filme.
Trecho e música-tema
Eternity and a Day
Composição: Eleni Karaindrou

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Olhar de especialistas sobre o massacre em escola do Rio

Para especialistas, atirador parece vítima de bullying

Profissionais diferentes concordam que há elementos de vingança e pedido de atenção em massacre em escola no Rio

Uma vítima de bullying em busca de vingança e atenção. Embora ainda esperem mais dados, especialistas em violência escolar dizem que Wellington Menezes – o rapaz de 24 anos que matou 11 crianças, feriou outras 13 e morreu em uma escola no Rio de Janeiro – agiu como quem sofreu durante a vida estudantil.

O perfil social do atirador seria o primeiro indício. Segundo uma irmã, ele era “estranho” e “sem amigos”. A pedagoga Cléo Fante, autora de livros sobre bullying, vê nesta descrição uma pessoa com problemas sociais e carência. “Pode ter sido uma tentativa de sair do anonimato e chamar atenção uma única e última vez”, comentou.

Também colabora para a tese o cenário que escolheu para o massacre. Menezes se armou, escreveu uma carta, pensou em uma desculpa para passar pelo portão e voltou à escola municipal Tasso da Silveira, lugar que freqüentou como aluno. “Isso leva a hipótese de vingança”, diz o coordenador do Observatório de Violência nas Escolas da Universidade da Amazônia (Unama) em convênio com Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Reinaldo Nobre Pontes. “Ele parece ter planejado a agressão, tão grande que incluía a própria vida, como uma forma de devolver o sofrimento à sociedade. A escola devia ser para ele a maior representante desta sociedade.”

Facilidade para se armar

O especialista afirma que o fato, por ser inédito nestas proporções no Brasil, ainda precisa de análise, mas lembra que casos similares no mundo reuniram dois componentes: pessoas revoltadas e facilidade em comprar arma. Ele conta que esteve na Alemanha e conversou com pessoas que acompanharam o caso de Winnenden, em que um aluno matou 12. “Era um jovem de classe média que tinha um pai colecionador de armas, já nos Estados Unidos, onde há mais casos, a aquisição é mais fácil”, diz.

A psicóloga com livre docência em violência da Universidade de São Paulo (USP), Sueli Damergian, também frisa o acesso às armas como parte do problema. “Todo mundo tem uma carga de agressividade dentro de si, a maioria consegue lidar, outras não, mas o meio ambiente não pode dar a oportunidade da violência, com o fácil acesso a armas.”

Escola perdeu vocação humanista

Para ela, a escola tem sido palco de atos de violência porque reflete cada vez mais uma sociedade competitiva em que há mais chances de pessoas serem ou se sentirem hostilizadas. “Não é uma coincidência que estes casos no mundo todo ocorram em ambiente escolar. É claro que para uma vítima de bullying reagir dessa maneira precisa ter um desequilíbrio, mas as agressões são cada vez mais freqüentes”, diz.

Sueli acredita que apenas a humanização do processo educativo reverteria a tendência à violência. “A escola perdeu a vocação humanista e trocou a atenção ao ser humano por uma grande competição estimulada por todos, inclusive pais. O tempo todo busca-se saber quem é o melhor, o mais bonito, etc. e quem não se adéqua é hostilizado.”
Fonte: Portal IG

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Por que crianças em uma escola?

Trecho extraído do Afinsophia
...
O poder constituído e os especialistas chegaram e chegarão a conclusões sobre as psicopatias que levaram ao massacre. Um estudo falseado a partir de falsos indícios deixados em meio à carnificina. Mas há um signo recorrente na grande maioria desses massacres: a escola.

Deleuze e Guattari dizem que a escola está na mesma linha da família, do quartel, da fábrica, do hospício, da prisão. E na escola dirão: “Você não está mais em sua casa”. E no quartel dirão: “Você não está mais na escola”. Mas é a mesma linha dura. E também os massacres ocorridos em escolas estão na mesma linha dos assassinatos ocorridos em famílias.

Seria preciso fazer um estudo sobre os motivos de criação da instituição escolar e de sua realidade. Conforme Foucault, a escola surge na sociedade disciplinar a partir das características do exército napoleônico. Mais do que propagar o conhecimento, desde sua origem, o objetivo da escola é que todas as pessoas “pensem” do mesmo modo. Seu principal método sempre foi a repetição e o exame. Como as crianças e adolescentes não suportam isso, entram a sanção e a disciplina (gritos, castigos, reprovações) para obrigá-los a suportar… A experiência escolar é traumática e alienante, principalmente para as crianças.

...

O mais grave é que na maioria dos estados não há qualquer concepção educacional. Se se observa a realidade escolar das escolas brasileiras em estudos recentes, vê-se que, a despeito do nome Construtivismo (Piaget e Vigotsky) estar como decalque em todos os Projetos Políticos Pedagógicos (PPPs) das escolas, percebe-se que a prática educacional é totalmente tradicional, autoritária e inócua.

Um estudo em Columbine e Elefante

A questão é simples, mas não é simplória, precisa ser estudada sem o exagero da comoção e sem reducionismos. A presidenta Dilma acerta quando diz que “não era característica do país ocorrer esse tipo de crime”. Nos acostumamos a ver há anos várias ocorrências como essa nos Estados Unidos. E dois cineastas americanos nos auxiliam nesse estudo: Michael Moore, com Tiros em Columbine (2002) e Gus van Sant, com Elefante (2003).

Num texto neste bloguinho sobre Capitalismo – Uma história de amor (2010), dizíamos que Moore, em Tiros em Columbine, leva adiante outras questões para além dos assassinatos cometidos por adolescentes em Columbine, como a facilidade de se conseguir armas de fogo nos Estados Unidos, que tem como ponto alto o encontro de Moore com o garoto-propaganda de armas, o já octogenário Charlton Heston. Em Elefante, Gus também toca na questão: basta pedir pela internet e receber via sedex.

A polícia do Rio diz que vai averiguar como o atirador do Realengo aprendeu a utilizar com tal precisão as armas. Pode ter sido pela internet, pela televisão… Quem assistiu Tropa de Elite… Quem viu Rambo 1 até o 30… Quem viu o Exterminador do Futuro dando palestra – imaginem! – sobre meio ambiente em Manaus, posando ao lado de Eduardo Braga e Omar Aziz… Essa é uma questão supérflua se não se quiser ir nas causas.

O embate que se trava entre Moore e Heston se dá tanto no plano existencial quanto no plano estético. As perguntas de Moore, mais do que desmascarar os sentimentos petrificados nazistas de Heston, mostram que este é na verdade um produto hollywoodiano explosivo e perigoso, formador de subjetividades embrutecidas e potencialmente assassinas. Hiperrealidade. É como se Heston, a partir da tela do cinema, retirasse o mundo das pessoas, desrealizando o Outro e, em seguida, colocasse uma arma em sua mão engatilhada para atirar, como num vídeo-game.

Em Elefante, Gus “substitui qualquer conceito a priori por uma mente totalmente aberta aos sons, às imagens, às frases, aos gestos, aos lazeres, às fraquezas e virtudes, em suma, aos signos dessa juventude que retrata instantaneamente” (Contracampo). São infinitos ângulos da câmera sem fechar hierarquicamente nenhum deles, numa escola que não é Columbine e nenhuma outra em particular. Também não há a tentativa ingênua de perscrutar o dispositivo que motivou a realização do massacre. O que Gus, assim como Moore, denuncia é mais a americanização/hollywoodização do mundo.

Como impedir outros massacres?

Uma questão que Freud tocou com a Psicanálise é que o “impulso tanático” do homicida passional é, na verdade, contra si próprio. Mas a questão vai muito além das estruturas psicanalíticas, remetendo a uma totalidade social, política, econômica, religiosa, etc. O que se percebe é que crimes como o de Wellington, quando se vê o discurso deixado em sua carta – assim como uma assim como uma tradição em cartas de homicidas/suicidas – demonstra uma lógica e uma moral muito bem fixadas em verdades e realidades, e não em ideologias e alienações como quer fazer parecer as análises simplórias interessadas em minimizar o ocorrido a uma mera psicopatia.

Seria necessário fazer uma genealogia da irrupção desse determinado tipo de crime. Sem isso, fica a pergunta sem resposta repetida à exaustão: “Por que Wellington – tal qual como os garotos de Columbine e outros – arremete contra os alunos e não contra a direção ou os professores que, supostamente, o reprimiram?” Mas a resposta ninguém dá porque ninguém quer responder. No caso de Wellington, como sua carta foi imediatamente veiculada pela mídia, todo mundo observou logo a questão do “fanatismo religioso”. Não é isso que interessa, mas sim que tipo de fanatismo. Wellington não se coloca na posição de vingador, mas de salvador. Em seu delírio, ele não está se vingando de ninguém, mas sim resguardando seu corpo e livrando outras crianças das impurezas da banalização da sexualidade, da violência gratuita, do consumismo, etc; ou seja, daquilo que, sistematicamente, era abstratamente demonizado de um lado e concretamente lhe oferecido de outro.

É aí que ninguém quer chegar, porque aí todos teríamos que nos responsabilizar e agir e não apenas fazer o simplório julgamento desse e outros atiradores/salvadores. O massacre em Realengo, portanto, não é um crime isolado. É um crime que está em consonância com o seu tempo e seu espaço, ambos desrealizados, que é o que mais caracteriza a Globalitarização do mundo. Esse massacre, assim como a invasão da Líbia pelos americanos, é um espetáculo midiático/constituído, por isso ele caiu, de forma ignominiosa, tão rapidamente na naturalidade.

Mas nada aí é natural. Se ficamos na comoção bloqueadora da razão ou nas racionalizações lógicas simplórias, não há como impedir outros massacres como esse, nem que coloquemos policiais em cada sala de aula, câmera dentro das salas, detectores de metais, distribuamos coletes aos alunos ou qualquer outra paranoia. Não há como impedir. Isso seria apenas se preparar para o próximo. O que há é a possibilidade, se tomarmos, responsavelmente (no sentido sartrista), a questão pelas causas (Spinoza), de criar um mundo onde esses massacres não sejam possíveis. Para isso, temos que minar a violentação que a família e a escola há séculos impingem contra crianças e adolescentes, e, para além da corrupção política, ir liberando com isso novos afetos, novas percepções do mundo e, acima de tudo, novas formas de relações. Relações alegres e suaves. Amor!



segunda-feira, 11 de abril de 2011

Pós-modernidade, identidade cultural e violência

Como educar um ser humano não violento?
Como educar para uma vida que vale a pena ser vivida?


Identidade cultural


Violência
O mal que vem do futuro: dificuldades para compreensão da conduta do matador Wellington Menezes de Oliveira

Extraído do blog do Sérgio Pires


O ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, em que uma pessoa aparentemente tresloucada assassinou a tiros mais de uma dezena de crianças dentro de uma escola, extrapola os limites da violência habitual da sociedade moderna.

Tal fenômeno, felizmente ausente até então do Brasil, é relativamente corriqueiro na sociedade norte-americana. Tem algo em comum, um matador atinge pessoas escolhidas de forma aleatória com disparos de surpresa e em série, até que seja ele próprio abatido.

“Tiros em Columbine” é um filme-documentário de Michael Moore que tenta dissecar um desses episódios, ocorridos no interior do estado do Colorado, EUA, em 1999. Neste caso, dois adolescentes mataram doze colegas, um professor e se suicidaram.
Alguns estudiosos definem este tipo de fato como violência pós-moderna. A cultura pós-moderna, neste entendimento, se caracteriza pela ultrapassagem do paradigma moderno, calcado na racionalidade humana.

Na visão de mundo moderna todos os fatos são compreendidos dentro de uma lógica racional, na qual está presente uma relação de causalidade. Para tudo há uma explicação, um porquê. Mesmo na ultraviolência, há esclarecimento dos motivos para tal. Não significa que a sociedade concorde ou justifique a violência, mas ela a explica.

Por exemplo, um assaltante de banco, por mais frio e sanguinário que seja, ao ponto de matar tantos quantos se opuserem aos seus objetivos, é compreendido por todos em motivo agir: o enriquecimento ilícito, o lucro fácil auferido com o assalto ao alvo.
No mundo pós-moderno, a irracionalidade se expressa também através de atos violentos. A violência é um subproduto da fragmentação, do individualismo extremo, do abandono aos projetos coletivos. O ser pós-moderno deixa de tipificar a consciência racional que caracteriza o homem moderno, medida de todas as coisas, e passa a ser uma espécie amoral de além-homem, como definira Nietzsche.

A violência (uso da força desnecessária ou imoderada) é brutal, injustificável e insuportável de qualquer forma. Contudo, o problema novo é que a violência pós-moderna, como a do colégio de Realengo, é incompreensível para os padrões modernos.
O Estado e a sociedade não estão preparados para evitá-la, minimizá-la ou reprimi-la. Os padrões de respostas conhecidos, que quando muito podem dar conta da criminalidade moderna, são absolutamente inócuos para este tipo de violência, por definição imprevisível e incompreensível.

Não é o caso de ser cético, mas, nas condições atuais, é preciso disposição para conviver com mais este doloroso fenômeno. É preciso fortalecer a vida de permanente de relações intersubjetivas, para que a ameaça da barbárie pós-moderna não se avolume no futuro.

O paradigma moderno tem como eixo fundamental a generosidade com o homem individual e com a humanidade como um todo. A violência é um inimigo identificado a ser incessantemente combatido.

Na vida pós-moderna a violência se expressa como fenômeno estético; como linguagem artística, que transcende a dicotomia moderna entre os fins e os meios.
Aos que apostam na razão compete jamais resistir sem desistir. Tarso Genro, em escrito já de algum tempo, cunhou uma frase lapidar: “A barbárie é a hipótese mais provável, mas não a única.”

domingo, 10 de abril de 2011

Ástor Piazzolla e inovações no tango

Ástor Pantaleón Piazzolla (Mar del Plata, 11 de março de 1921 — Buenos Aires, 4 de julho de 1992), filho dos imigrantes italianos Vicente Piazzolla e Asunta Manetti, foi um bandeonista e compositor argentino.

Compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX, estudou harmonia e música erudita com a compositora e diretora de orquestra francesa Nadia Boulanger. Em sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o bandoneonista, compositor e diretor Aníbal Troilo.

Quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos. Ao voltar de Nova Iorque, Piazzolla já mostrava a forte influência do Jazz em sua música, estabelecendo então uma nova linguagem, seguida até hoje.

Quando os mais ortodoxos, durante a década de 60, bradaram que a música dele não era de fato tango, Piazzolla respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires. Para seus seguidores e apreciadores, essa música certamente representava melhor a imagem da metrópole argentina.

Piazzola deixou uma discografia invejável, tendo gravado com Gary Burton, Tom Jobim, entre outros músicos que o acompanharam, como o também notável violinista Fernando Suarez Paz.

Entre seus mais destacados parceiros na Argentina estão a cantante Amelita Baltar e o poeta Horacio Ferrer, além do escritor Jorge Luís Borges.

A canção Adiós Nonino, outra das mais conhecidas composições, foi feita em homenagem a seu pai, quando este estava no leito de morte, Vicente “Nonino” Piazzolla em 1959. Após vinte anos, Astor Piazzola diria “Talvez eu estivesse rodeado de anjos. Foi a mais bela melodia que escrevi e não sei se alguma vez farei melhor.”

Libertango é uma das mais conhecidas, sendo que esta e constantemente tocada por diversas orquestras de todo o mundo.(Wikipédia)

Astor Piazzolla

Adios Nonino


Libertango

sábado, 9 de abril de 2011

Tangos e filmes

Así se baila el tango
Elías Randal


Vem Dançar




Por una cabeza

Alfredo Le Pera


Perfume de Mulher



Last tango in Paris
Gato Barbieri



Último tango em Paris

Viver a vida: nível pessoal e organizacional



Un nivel superior
*Fabián Mozzati

Si alguien se golpea el dedo cada vez que quiere clavar un clavo, o es un masoquista que se maltrata a sí mismo... o tiene una discapacidad de aprendizaje.

En el nivel personal, "vivir la vida" es como suscribirse a una sucesión de pequeños cursos que no podemos abandonar. Si no aprendemos la lección que nos dan (se trate de romance; ascensos en la carrera; acuerdos comerciales; crianza de niños, o cualquier otra cosa) los mismos hechos volverán a suceder y habrá que repetir el curso. Gran parte de la frustración y la desdicha, supone el fracaso en uno -o más- de los pequeños cursos de la vida... y la obligación de repetirlos.

Lo mismo se aplica a las organizaciones. Aquellas que sólo pueden identificar sus errores después de haberlos cometido (y son incapaces de imaginar modos de no volver a cometerlos) están atrapadas, para siempre, en un nivel primitivo de existencia.
*Club de la Efectividad

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vida que vale a pena ser vivida

“Age de tal maneira que tua vida possa ser vivida tantas e tantas vezes exatamente da mesma maneira”.

Sentido ético do eterno retorno em Nietzsche,
O conceito que não tinha um compromisso com o que se convencionou chamar de coerência racional e que pregava a honestidade instintiva.


*Suze Piza
*Daniel Pansarelli

Trechos selecionados

O último homem e o além-do-homem

A reflexão acerca da condição humana, a partir de Nietzsche, leva à pergunta: que homem é esse que vemos pela nossa janela? Que homem é esse que vemos ao olhar no espelho? Segundo o autor, um homem que vive entre a felicidade, por um lado, e segurança, comodidade, ausência de dor, por outro. Essa vida não parece problemática à primeira vista. Mas só à primeira vista, pois se olharmos mais de perto: onde está o homem?

O homem foi apequenado, amesquinhado, o tipo-homem moderno é uma possibilidade histórica infeliz, a menor das possibilidades, de tantas que poderia ser. O último homem, tal como Nietzsche caricaturiza-o, é o animal de rebanho, esse animal que almejou o advento da felicidade, o desaparecimento da desigualdade, da injustiça e do sofrimento e que, conseguindo realizar parte desses projetos, está numa vida amorfa e é fisiologicamente decadente, pois é impotente para sofrer e impotente para suportar o sofrimento, é fraco, humilde, subserviente, é um sujeito (aquele que se sujeita a).

Que conceito de felicidade é esse, almejado e conquistado? É uma felicidade pequena, domesticada, dominada por freios sociais: segurança, bem-estar, estabilidade? Que felicidade poderia haver nisso? Isso é antivida. É vida não intensa, não experimentada, não trágica. A intensidade é condição necessária de toda grandeza, é a possibilidade de elevação do tipo-homem que está num estado de mediocrização (Mittelmässigkeit), redução da vida a relações de mercadorias, prazeres pequenos, rotinas entediantes, uma vida envolta por maquinaria, como vai dizer Heidegger mais a frente; corpos adestrados, como dirá Foucault.

O homem foi sucateado, enquanto a Terra é racionalizada e administrada.

Nietzsche vê no modo de vida moderno uma anulação da subjetividade humana, em que a individualidade se perde, e em que impera a massa de rebanho, o espírito gregário e o consequente embotamento do indivíduo. Ele é, sem dúvida, o grande teórico e crítico da modernidade, que faz, para usar os termos do primeiro, uma “análise implacável de tudo que existe”. As poderosas teses levantadas por Nietzsche contra a religião, a moralidade e a Filosofia misturam a análise mais crua, inspirada no Iluminismo, com uma vitalidade romântica, para atacar os aspectos da cultura moderna que contrariam a vida. Essa é uma Filosofia da vida, vitalista. Nietzsche é um autor bombástico que não tem receios de produzir uma Filosofia a golpe de martelo. Sua crítica ferrenha à modernidade passa pela despersonalização dos indivíduos e pela formação social que cria um homem, segundo ele, fraco, humano, demasiadamente humano.

Defendendo que o homem é a somatória de impulsos, desejos e vontades, acredita que a visão de animal racional aceita pelo Ocidente como definidora do ser humano é equivocada, pois a razão é um produto cultural, social. A razão seria fruto de uma vida gregária que só surge em decorrência das circunstâncias as quais os indivíduos foram expostos.

Vivendo no mundo da razão e, portanto, valorizando a consciência como seu espaço privilegiado, o ser humano cria uma série de regras morais de convivência que o limitarão como ser humano. Dentre essas morais, o cristianismo é a que Nietzsche dedica mais tempo e espaço de reflexão. O cristianismo representa para Nietzsche uma moral dos fracos, pois valoriza o servilismo, a humildade, a aceitação, o conformismo com um tipo de sofrimento que só retrai, submete.

O cristianismo seria o legítimo formador de uma massa de rebanho, sem força, individualidade ou autonomia. Seria uma moral massificadora e de escravos. A modernidade, vitimada pelo capitalismo e herdeira da moral cristã, será fatal para as possibilidades da vida humana.

A antropologia nietzschiana passa pela defesa de uma superação desse humano que aí está. Na defesa de um super-homem que teria em si resguardada a força, os instintos e os desejos, rejeita-se o homem que surgiu do tipo de sociabilidade que criamos. O homem seria o meio entre o animal e o super-homem. A defesa do super- homem, em última instância, representaria um ultrapassamento da modernidade. O retorno do homem a si mesmo, resgate daquilo que perdeu quando se tornou consciência.

Numa perspectiva vitalista, Nietzsche se apega na antiga concepção do mundo grego – entre os princípios apolíneos e dionisíacos, quando estes estavam em vigência, e advoga em favor da vontade humana.

E é em meio a esse contexto de domesticação do homem que se gesta o seu contrário, é aí que Nietzsche desenvolve seu conceito de “além-do-homem” (Übermensch) como contramovimento, visando fazer face à mediocrização em andamento na modernidade, que infelizmente toma consciência de si na figura histórica do niilismo europeu. Quem é o além-do-homem? É a representação da vontade de potência, da força e do desejo, da experiência que perfura e fortalece. O além-do-homem é da arte, da vida, do corpo, amoral. Indivíduo soberano, autêntico, é uma espécie de homem mais desenvolvida. Essa seria, portanto, uma existência sobre-humana, radicalmente singular, corporal, singular, livre.

Essa vida é vida de fato! E essa vida vale a pena ser vivida. Uma vida de experiências intensas, de contato com a terra, de realizações de desejo, de exercício da vontade. Uma vida que ao morrer seria mais que morte, seria consumação, combustão. O avesso da morte em vida do último homem, o além-do-homem acaba, esgota-se de tanta vida, a morte é apenas o acabamento de uma existência vivida em sua intensidade. Essa vida valeria ser vivida tantas vezes quanto fosse possível. O eterno retorno de Nietzsche pode ser interpretado como um recurso hipotético de validação da vida: eu viveria tantas vezes quanto fosse possível a mesma vida, pois ela foi, de fato, vivida. O conceito funciona também como um princípio ético, um imperativo que sai em defesa da vida e do corpo: “Age de tal maneira que tua vida possa ser vivida tantas e tantas vezes exatamente da mesma maneira”.
...
1 A reflexão trazida por este texto encontra respaldo no texto de Oswaldo Giacóia Jr., Crítica da moral como política em Nietzsche.
Autores:
*SUZE PIZA é mestre em Filosofia pela UNICAMP. Atualmente, é doutoranda em Filosofia pela UNICAMP e professora assistente da Universidade Metodista de São Paulo ministrando aulas em diversos cursos da universidade na área de Filosofia.
*DANIEL PANSARELLI é doutor em Educação (Filosofia e Educação) pela Universidade de São Paulo – USP, mestre em Educação e graduado em Filosofia pela Universidade Metodista de São Paulo. Atualmente, é professor na Metodista, onde coordena o curso de pós-graduação em Filosofia Contemporânea e História.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Crianças de menos de um ano de idade já associam força a poder

"Conhece-te a ti mesmo". Sócrates

Inicio o post reportando-me à aula inaugural do Dr. Silas Daniel.

Somos filhos da Ciência (Biologia) e da Cultura.

Vivemos a era da tecnologia avançada,da informação rápida. Porém pouco conhecemos a cerca de nós mesmos.

1- Há uma parte de nossas vidas que só nós conhecemos.
2- Uma outra, que os outros conhecem e nós não.
3- Há uma parte que nós conhecemos e os outros também.
4- Há uma parte que nem nós conhecemos e nem os outros também.

A primeira refere-se ao Conhecimento e as outras à Convivência.

Daí o grande desafio de convivermos numa sociedade plural, diversificada, globalizada. Onde o Ter sobrepõe o SER. Pessoas desenraízadas de seus valores, de suas tradições, do seu aconchego.Sem perpectivas de enlevo.

Joseph Campbell já nos alertou:“Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de estar vivos, de modo que nossas experiências de vida, no plano puramente físico, tenham ressonância no interior do nosso ser e da nossa realidade mais íntimos, de modo que realmente sintamos o enlevo de estar vivo...”

Uma reportagem do IG(07/04/2010) nos veicula que Crianças de menos de um ano de idade já associam força a poder

Estudo mostra que percepção de superioridade social é desenvolvida desde muito cedo

Psicólogos da Universidade de Harvard descobriram que as crianças menores de um ano têm noção da hierarquia social e entendem que o mais forte é quem manda, segundo um artigo publicado nesta quinta-feira na revista "Science".

A principal autora do estudo, Lotte Thomsen, professora de psicologia na Universidade de Copenhague, diz que seu trabalho sugere que é possível que os humanos nasçam ou desenvolvam cedo uma certa compreensão da dominação social.

Os pesquisadores analisaram como as crianças relacionam o tamanho com o poder, uma correlação onipresente em todas as culturas humanas e também no reino animal. "Os reis e chefes se sentam tradicionalmente em tronos grandes, elevados, usam coroas elaboradas e roupas que os fazem parecer maiores do que realmente são, e seus subordinados se ajoelham para mostrar respeito para estes seres humanos superiores", assinalou Thomsen.

Os especialistas assinalam que muitos animais, como pássaros e gatos, se incham para parecer fisicamente maiores perante um adversário e se prostram para demonstrar submissão, da mesma forma que fazem os cachorros. "Nosso trabalho sugere que mesmo com a socialização limitada pré-verbal os bebês humanos podem compreender tais exibições", indicou.

Thomsen e seus colegas de Harvard e da Universidade da Califórnia em Los Angeles têm estudado as reações das crianças entre 8 e 16 meses para ver como elas interagem com personagens animados de diferentes tamanhos.

Os pesquisadores mostraram vídeos aos bebês no qual apareciam dois blocos de diferentes tamanhos, com olhos e boca, que avançavam em diferentes direções. Depois os blocos se encontravam no centro da tela e apresentavam duas versões diferentes, uma na qual o grande impede a passagem do pequeno, que cede e dá a volta para passar, e na outra o inverso.

Os cientistas assinalam que as crianças pequenas tendem a prestar mais atenção quando as situações as surpreendem e os psicólogos quiseram confirmar a reação medindo o tempo que prestaram atenção à tela. "Dado que os bebês não podem ser entrevistados, suas experiências e expectativas devem ser avaliadas pelo comportamento", explica Thomsen.

Em sua investigação, as crianças prestaram mais atenção quando o bloco grande cedeu perante o pequeno, a média foi de 20 segundos, frente aos 12 segundos no caso em que o grande impediu a passagem do pequeno.

Nas últimas décadas, os cientistas aprenderam que a mente infantil cria representações abstratas da física intuitiva, psicologia e matemática. Também ficou demonstrado que os bebês captam aspectos do mundo social, como por exemplo, se outras pessoas ajudam ou são um impedimento para terceiros; representações, que segundo os cientistas, fazem parte do que os bebês necessitam para poder entender a colaboração e a cooperação no mundo.
Fonte: Portal IG

Estamos engatinhando no conhecimento a cerca de nós mesmos.
Fico tentando imaginar como seria um diálogo entre Darwin, Freud, Nietzsche e Marx sobre a Educação nos dias de hoje...

Mito e bem aventurança

Onde você estiver, se você está seguindo a sua felicidade, você está apreciando aquela leveza, a vida é leve para você o tempo todo.Se você seguir a sua felicidade, você se coloca em um tipo de trilha que esteve lá o tempo todo, esperando por você, e a vida que você deveria estar vivendo é a que você está vivendo.

Campbell fez a exortação para "seguir a sua bem-aventurança."

"Conceito central no pensamento de Campbell, a bem-aventurança, diz ele, está naquilo que nos enche de satisfação e entusiasmo e dá aquele sentimento de estar realmente vivo. E essa busca não é o mesmo que ir atrás de felicidade. Pelo contrário: a jornada tem sofrimento, armadilhas e monstros terríveis. Mas é o que vai fazer, enfim, o herói completar sua transformação para encontrar a dádiva final. Ulisses, o herói da Odisséia, não sai em uma jornada de aventuras porque é a opção que lhe parece a mais feliz. Pelo contrário, ele só parte porque não consegue evitar - ele até finge estar louco para ver se escapa. No final não consegue evitar o chamado, deixa a vida feliz e a amada Penélope para sair em uma longa viagem. Só depois de enfrentar ciclopes, sereias e outros tantos perigos e tentações volta vitorioso para os braços da fiel Penélope."(Grupo Tradição dos Pentáculos)


O Poder Do Mito (Joseph Campbell e Bill Moyers)

Vídeo

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O enlevo de estar vivo

"Follow your bliss”

Ser o que realmente somos.

Encontrar o nosso caminho de realização pessoal que é único para cada um. Jung chamava de processo de individuação. É ir ao encontro da sua "paixão", que nos faz realmente viver com plenitude e integridade. É encontrar o seu próprio caminho de realização

Joseph Campbell:
“Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de estar vivos, de modo que nossas experiências de vida, no plano puramente físico, tenham ressonância no interior do nosso ser e da nossa realidade mais íntimos, de modo que realmente sintamos o enlevo de estar vivo...”


Joseph John Campbell, (White Plains, 26 de março de 1904 — Honolulu, 30 de outubro de 1987) foi um estudioso norte-americano de mitologia e religião comparativa.James Joyce foi uma importante influência em Campbell.

O primeiro livro importante de Campbell (com Henry Morton Robinson), A Skeleton Key to Finnegans Wake (1944), é uma análise crítica do último texto de Joyce, Finnegans Wake. Além disso, o produtivo trabalho de Campbell, O Herói de Mil Faces, discute o que Campbell chama de monomito — o ciclo da jornada do herói, uma idéia que ele atribui diretamente ao trabalho de Joyce, Finnegans Wake.

As Máscaras de Deus

Seu exaustivo trabalho de quatro volumes As Máscaras de Deus cobre a mitologia através do mundo, da mitologia antiga à moderna.

Enquanto que O Herói de Mil Faces foca nas idéias elementares da mitologia, As Máscaras de Deus foca nas variações históricas e culturais do monomito. Em outras palavras, enquanto que O Herói de Mil Faces baseia-se principalmente na psicologia, As Máscaras de Deus baseia-se mais na antropologia e história.

Os quatro volumes da coleção são: Mitologia Primitiva, Mitologia Ocidental, Mitologia Oriental e Mitologia Criativa. Conceitos como o monomito e o axis mundi são extensivamente abordados pelo autor.
Fonte:Wikipédia

terça-feira, 5 de abril de 2011

A vida é curta demais

As palavras abaixo tocaram minha alma assim como a linda canção. A autora expressou maravilhosamente o que também sinto diante da Vida.


Transcrito de Borboleta Pequenina Somniando na Suécia

"A vida é curta demais pra ficar na mesmice.

A vida é muito rápida para fazermos coisas que achamos sem sentido.

A vida não é para conversar com gente vazia e sem graça.

A vida é para ser vivida a cada instante em contínua expansão. Novos pensares,novos olhares,novas percepções,novas pessoas,novas culturas,novos lugares.

Bom, chega de lenga lenga... Hoje, pra quem gosta de sonhar e arriscar novos gostos aqui vai uma canção sueca que eu adoro. Como muitas canções suecas ela tem aquela toada meio devagar, meio pra baixo, uma delícia... Está na voz da primeira cantora sueca a quem aprendi gostar, Miss Li, quem conheci por ter entrado sem rumo numa loja de cds. Ela e Lars Vinnerbäck.”

Om du lämnade mig nu!
(Se você me deixasse agora)

Intérpretes:Lars Winnerbäck och Miss Lee


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Redes sociais e currículo escolar

Twitter, YouTube e Flickr nas salas de aulas como ferramentas de uso pedagógico é uma proposta interessante e requer uma análise criteriosa.

Educador quer redes sociais no currículo escolar

Pesquisador da Unicamp participará de congresso sobre redes sociais na educação. "Blogs só são usados para divulgar conteúdo", diz

As redes sociais, como o Twitter, o YouTube e o Flickr, podem – e devem – entrar nas salas de aulas como ferramentas de uso pedagógico, na avaliação do pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Unicamp, José Armando Valente.

Nesta sexta-feira(01/04/2011), o professor participou do congresso People.Net in Education, no auditório da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, que vai discutir a aplicação das redes sociais à educação. Ao iG, Valente adiantou o foco de sua palestra e a preocupação de que as ferramentas não sejam usadas apenas como um apêndice das aulas, mas que haja uma orientação sobre o conteúdo consumido e gerado para a rede dentro das escolas: “Se não tiver alguém orientando, não é pedagógico. A idéia de que na rede um ajuda o outro, é romântica. O que acaba acontecendo é que um cego conduz outro cego”, diz. Para o professor, atualmente, nenhum país consegue fazer isso de forma sistemática, penas através de iniciativas pontuais.

Confira a entrevista concedida por telefone pelo pesquisador, que é também professor o Departamento de Multimeios, Mídia e Comunicação do Instituto de Artes da Unicamp e pesquisador colaborador do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, da PUC-SP:

iG: As redes sociais já são usadas nas escolas como ferramenta para desenvolver o aprendizado dos alunos?

José Armando Valente: Tem professores – pontualmente – usando blogs e outros recursos de rede sociais em aula, mas isso só ocorre por interesse particular de alguns profissionais. Não existe uma prática incentivada por grupos, escolas, redes de ensino. Mesmo assim, o que eles fazem, na maioria dos casos, é usar blogs para divulgar algum conteúdo que não deu tempo de passar em aula, receber material de aluno. Essa prática não inova em nada, é apenas uma outra forma de transmitir informação. Poderia ser usado um email, por exemplo.

iG: E como seria o uso de forma inovadora?

José Armando Valente: As ferramentas de redes sociais devem ser usadas como práticas pedagógicas, de forma integrada ao currículo. Não adianta só acessar a rede dentro da escola, sem uma proposta. Tem que ter alguém olhando e orientando, verificando se os alunos estão gerando conteúdo de fundamento, se tem um conceito sendo trabalhado. Isso é o que quero falar na palestra (no congresso Congresso People. Net in Education): “Se não tiver alguém orientando, não é pedagógico. A idéia de que na rede um ajuda o outro, é romântica. O que acaba acontecendo é que um cego conduz outro cego”.

iG: O senhor poderia citar exemplos práticos?

José Armando Valente: Brincar no Twitter gera um conteúdo de síntese muito grande. O professor de português poderia usar essa atividade para treinar o resumo de idéias com os alunos. Mas não é o que ocorre. Os jovens usam a ferramenta, mas o professor não intervém, não questiona o que eles fazem. Outro caso que tomei conhecimento é o de uma escola que propôs que os alunos organizassem um flash mob (mobilização instantânea em local público, geralmente organizada por email ou redes sociais). Deu certo, mas os professores de matemática perderam a oportunidade de trabalhar vários conceitos em relação ao evento, como estratégia e logística, que são conteúdos da aula de matemática. A escola fez a atividade, mas não usou como prática pedagógica. Aí nas aulas mantém o método tradicional de transmissão de conhecimento, que se torna uma chatice para os alunos.

iG: Quais as dificuldades para tornar esse uso das atividades em rede como prática pedagógica uma realidade?

José Armando Valente: É muito difícil, é mais fácil usar recurso para transmitir informação, do jeito que sempre foi. Mesmo quando os professores têm interesse e vontade, não têm apoio da gestão da escola, das redes de ensino para aplicar outros tipos de aula. É complicado usar de forma isolada, tem que estar no currículo. Hoje, as redes sociais são usadas só como apêndices, atividades fora da rotina.

iG: Em algum país é diferente e as redes já são integradas ao currículo?

José Armando Valente: Ninguém faz isso no mundo inteiro. Mesmo a Coréia do Sul e a Dinamarca, países tecnologicamente avançados e com bons resultados nas avaliações educacionais, não conseguiram. A Inglaterra tem um grupo que está trabalhando o conceito há algum tempo, tem consciência da necessidade dessa mudança, mas só aplicou a prática em escolas pontuais.

iG: Por que as mudanças tecnológicas demoram mais a ser incorporadas no ambiente escolar que em outros meios. As escolas continuam muito parecidas com as de décadas atrás...

José Armando Valente: O ensino tem uma estrutura hierarquizada, difícil de ser transformada. Uma das atividades da educação é perpetuar o status quo. E essa manutenção tem um valor. Mas essa mudança que estamos falando, das atividades da era do lápis e papel para a era digital, é necessária. Um gráfico que era desenhado no papel agora rapidamente ganha recursos e formas através da tecnologia. O estudo dele muda, não basta só entender o gráfico, mas é preciso interpretá-lo, dar novas funções e movimentos a ele. E isso tem que entrar no currículo.

iG: Muitas vezes, os alunos já têm mais facilidade com a tecnologia do que os professores. Isso não atrapalha a relação professor-aluno? Como os docentes devem se preparar para lidar com essa diferença de experiência e conquistar o respeito dos alunos?

José Armando Valente: O professor tem que ser esperto, usar os conhecimentos do aluno, pedir ajuda no que os jovens conhecem mais, organizar uma dinâmica na sala de aula que dê voz a quem sabe. O professor precisa sair do pedestal e entender que tem gente que sabe mais que ele. A grande dificuldade está em querer que o professor saiba tudo, enquanto a molecada toma conta. É preciso fazer uma parceria com o aluno.
Fonte: Portal IG

O que podemos aprender com a Finlândia – 2 -

O que lá hoje existe baseia-se em 120-150 anos de alfabetização consolidada graças a uma sociedade civil forte e a uma adesão das populações à leitura e escrita.

Aqui no Brasil numa entrevista ao Brasilianas.org a professora Onaide Schwartz Correa de Mendonça, coordenadora do curso de pedagogia da Universidade Estadual Paulista(UNESP) nos relata

“... Paulo Freire nos ensinou que a educação sozinha não transforma a sociedade, mas que sociedade nenhuma se transforma sem educação.”

“... o analfabetismo funcional tem início no processo de alfabetização que vem sendo conduzido de forma equivocada, pois há mais de 20 anos o país adotou teorias que não trouxeram aplicações adequadas à alfabetização, o que impede milhares de crianças, anualmente, de aprender a ler e escrever.”

Falta metodologia de alfabetização nas escolas

Ler na íntegra:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-alfabetizacao-nas-escolas?page=1

O que podemos aprender com a Finlândia - 1 -

Ao longo de 5 dias os posts convergiram sobre como a Educação é vista por Göran Björk, professora de Educação da Universidade Åbo Akademi - VAASA – Finlândia(e como adicional,dois vídeos instigantes)e por Reijo Laukkanen,também professor, do Internacional Education Policy, da Universidade de Tempere, na Finlândia que proferiu uma palestra no Educador – Congresso Internacional de Educação, em São Paulo.

Sabemos que Brasil e Finlândia são realidades bem diversas. No entanto a busca por uma educação de qualidade para todos é uma causa comum. Aprendemos uns com os outros(já nos ensinou Paulo Freire)e no caso a Finlândia pode nos apontar algumas pistas de como chegar lá.

O que podemos aprender com a Finlândia - 1 -

Na Finlândia o "segredo" é simples: a educação é encarada como prioridade nacional.

Os docentes do seu país têm compromisso com a aprendizagem. "Quando eles percebem que existem alunos com problemas para acompanhar os assuntos, fazem reuniões com os pais e recomendam aulas de reforço. Essas aulas são pagas pela sociedade, que entende que a educação é uma prioridade máxima", elogiou.

A Finlândia criou seu sistema educacional com medidas simples e focado no professor.

A nossa realidade é bem diversa como apontam alguns trechos que destaquei do artigo

Falta política contra alfabetismo funcional - publicado no Brasilianas org

O problema

Apenas 27% da população entre 15 e 64 anos é plenamente alfabetizada, segundo o último Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), produzido pelo Instituto Paulo Montenegro, referente ao ano de 2009.

O levantamento aponta que 52% dos brasileiros que estudam até a 4ª série conseguem atingir, no máximo, o grau rudimentar de alfabetismo, onde estão classificadas pessoas com capacidade de ler e entender textos curtos, realizar operações de matemática simples, mas incapazes de fazer uma redação relatando como foi seu dia, ou de interpretar um artigo de jornal. Entre os alunos do ensino médio, apenas 41% apresentaram o nível pleno de alfabetização. E, não que possa chamar mais atenção, 29% dos estudantes que ingressam no ensino superior não dominam leitura e escrita.

Na última década, o país praticamente universalizou o acesso ao ensino fundamental (98%) de jovens entre 7 e 14 anos, reduzindo a taxa de analfabetismo, conforme registro da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostro de Domicílios), de 11,5%, em 2004, para 9,7%, em 2009. A mesma pesquisa revela que a taxa de analfabetismo funcional diminuiu de 24%, em 2004, para 20% em 2009, na população de 15 anos ou mais de idade.

O coordenador-geral de alfabetização de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), do Ministério da Educação, Mauro da Silva, explica que não há hoje no país uma ação específica para combater o alfabetismo funcional. Esse público acaba sendo atendido pelos cursos de atenção a jovens e adultos (EJA), no país como um todo.

O último levantamento do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) registrou queda de 5% nas matriculas de educação básica do EJA, de 2009 para 2010. As matrículas no último ano totalizaram 4.234.956, sendo 67% no ensino fundamental e 33% no ensino médio. O porta-voz do MEC, diz que o que tem sido feito de imediato para derrubar as taxas de alfabetismo funcional, bem como de analfabetismo no país, é a Agenda Territorial de Desenvolvimento Integrado de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, com estados e municípios, de forma a induzir a realização de pactos entre esses entes e a União.
A ação foi lançada oficialmente em dezembro de 2008, e ainda está em fase de implementação.
...

Uma estratégia

Entrevista de Onaide Schwartz Correa de Mendonça, coordenadora do curso de pedagogia da Universidade Estadual Paulista (UNESP) em Brasilianas Org

“...antes combater analfabetismo funcional, é preciso combater o analfabetismo. “Com a alfabetização de adultos acontece o mesmo processo que vem ocorrendo com a alfabetização infantil. Os materiais encaminhados para esses cursos são adequados apenas para quem já sabe ler e escrever, pois contém atividades que visam desenvolver habilidades de leitura escrita (o letramento)”, explica. A conseqüência disso é que o aluno não consegue aprender de modo geral e abandona o curso, uma vez que os conteúdos específicos para o aprendizado da língua não são bem trabalhados desde o início.

.a maioria dos cursos de formação pedagógica no país não tem sequer uma disciplina que trate da alfabetização, e que um dos grandes problemas da educação brasileira está nas políticas públicas que não sabem orientar a alfabetização. Ela recomenda que os governantes prestem atenção nas grades curriculares dos cursos de formação de professores no país.

A condição econômica, assim como as salas de aula super lotadas, contribuem para o conjunto de fatores que prejudicam a alfabetização, principalmente nas escolas públicas. Ainda assim, o número de analfabetos no país poderia ser bem menor do que o registrado na PNAD 2009, de 14,1 milhões.
...

Frente ao fracasso da alfabetização de hoje sou levada a acreditar que o maior problema seja o metodológico, ou menos, a ausência de metodologia e de conteúdo específico da alfabetização”, conta. Onaide defende o método de alfabetização sociolingüístico – “sócio” de socialização e conscientização por meio do diálogo, e “linguístico” por desenvolver conteúdos específicos de alfabetização.

O método viria para substituir o que tem sido utilizado nos livros de alfabetização do país, criados a partir da “má interpretação da teoria construtivista, Psicogênese da língua escrita”, que proporciona o letramento, ou seja, o uso da leitura da escrita. Mas se esquece da alfabetização de, simplesmente, ensinar crianças com se combinam consoantes e vogais na composição de sílabas.”

A melhor escola do mundo



Bons professores e alto nível de exigência são indicadores de sucesso em educação na Finlândia

Fonte IG

A Finlândia tem o sistema educacional considerado o melhor do mundo. Foi três vezes campeã do Programa Internacional de Avaliação por Aluno (PISA), a mais abrangente avaliação internacional de educação, feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Segundo o professor Reijo Laukkanen, do Internacional Education Policy, da Universidade de Tempere, na Finlândia, o segredo do case de sucesso deve-se em grande a formação dos professores finlandeses e as altas expectativas que eles têm de seus alunos.

Durante palestra realizada nesta quinta-feira( 13/05/2010), no Educador – Congresso Internacional de Educação, em São Paulo, Laukkanen explicou que os professores estão entre os profissionais mais populares da Finlândia. Os salários são bons, mas não o suficiente para atrair os jovens profissionais. A reputação da carreira é o principal fator na escolha. “Não é o salário que torna a carreira tão popular e atraente na Finlândia. Nossos salários estão em desvantagem em relação aos de outros países da Europa.
A diferença é que todos os nossos professores têm mestrado em educação e a carreira acadêmica é extremamente respeitada.”

As tecnologias educacionais, forte tendência no Brasil, não influenciam o bom desempenho dos alunos finlandeses e não têm a ver com as melhores notas, de acordo com Laukkanen. “Temos tecnologia nas escolas, mas os professores não a usam. As crianças têm mais acesso à tecnologia em casa do que na escola. Algumas cidades têm lousas interativas, digitais, mas nossa educação não é baseada em tecnologia e sim em professores”, conta o professor, que também é conselheiro na Finnish National Board of Education (FNBE).

Não há um segredo da educação finlandesa. Para Laukkanen, o sucesso vem de uma combinação de fatores, além do bom corpo docente. “A educação é nacional, com um currículo unificado e tem como objetivo o país obter um bom desempenho. Tanto faz onde você colocar o seu filho porque em qualquer lugar da Finlândia a educação é a mesma. Nossos profissionais de educação têm autonomia, liberdade, são reconhecidos e respeitados.”

Além disso, o professor aponta a alta expectativa de desempenho dos alunos e o suporte às crianças que não conseguem acompanhar o ritmo. “Quando sobe a exigência, quando o objetivo é mais alto, o nível de qualidade sobe bastante”, analisa. “Na Finlândia, as mentes mais brilhantes se tornam professores. São a chave principal do nosso sucesso. Temos também uma boa estrutura política educacional. Se não tivéssemos essa base de apoio, não adiantaria ter bons profissionais.”

Carga horária

A carga horária na Finlândia se aproxima do período integral no Brasil. É mais tranquila nos primeiros anos e aumenta gradativamente. “Nos primeiros anos as crianças passam 19 horas por semana na escola. No quarto ano aumenta para 23 a 24 horas por semana, até chegar a 30 horas, na 7ª e 9ª série. Procuramos poupar os pequenos”, brinca Laukkanen.

Marina Morena Costa – São Paulo
direto do blog Comentando os fatos

domingo, 3 de abril de 2011

Educação no exílio ou dimensão existencial da educação

*Göran Björk

O tema deste trabalho é a dimensão existencial da educação.

Esta dimensão educacional, chamada de competência existencial, é formulada em contraste com as qualidades funcionais da educação, da chamada competência funcional.

O objetivo é investigar a constituição da educação no contexto de uma competência funcional e existencial.O estudo é focado principalmente na antropologia da educação e os centros de discussão na questão dos seres humanos e de devir.

O estudo centrou-se na antropologia da educação porque é importante fazer perguntas, mesmo fora das tradições de cultura ocidental e da filosofia.

A escolha de perspectiva fez com que o estudo se concentrasse nos conceitos de educação e significados nas duas culturas originais em que a Europa e a civilização ocidental se baseiam, viz. do grego e da cultura hebraica.

Nesta perspectiva, o Antigo Testamento, a teologia da tradição cristã, judáica ou os documentos e elementos de tempo pré-judeus dão informações importantes.

Mas a contribuição cultural grega também tem que ser criticamente analisada e interpretada.

A pesquisa educacional tem se preocupado principalmente com a tensão dicotômica entre o indivíduo e o coletivo.

Esta inclinação polar e antagônica da educação torna difícil elucidar a diferença entre o existencial individual e funcional e a dimensão coletiva da educação.

Um modelo alternativo cresce a partir do estudo da cultura pré-judaica.

Esta alternativa, chamada de modelo tricotômico, é usada para estudo em seres humanos para sair das estruturas ideológicas da dicotomia entre indivíduos e coletivos.

NERA-congresso
15.- 18. Março de 2001, Estocolmo, Suécia

* Professora de Educação da Universidade Åbo Akademi –
VAASA - Finlândia


O problema da humanidade em Educação

Mais um texto e um vídeo relacionados à Educação que nos vem da Finlândia

*Göran Björk

O crescimento para o ser humano parece ser problemático em um ambiente que se centra sobretudo nas dimensões funcionais do indivíduo. Estas dimensões funcionais saíram de uma orientação educacional que leva o ponto de partida para a sociedade como estrutura.

Definir a problemática educacional dessa maneira é uma questão bem conhecida.
O problema está em uma situação onde a educação em alto grau é definida pelos quadros ideológicos da estrutura social em um contexto nacional, que tem cada vez mais características das estruturas internacionais.

A ciência da educação corre o risco, nesta situação, de se aliar com alguns tipos de ambições ideológicas. Este perigo é evidente no caso em que a avaliação das atividades de crescimento é baseada em métodos científicos. Os resultados podem ser utilizados de forma acrítica, que se abre para o viés ideológico da práxis.

Nesta situação é importante dar ao problema do ser humano um respeito maior a partir de uma perspectiva da filosofia da educação.

Mas esta posição filosófica tem que passar por uma renovação no propósito de tornar possível o refletir congruente com o crescente conhecimento da ciência.

päivät Kasvatustieteen
23 - 25.11.2000, Åbo, Finlândia

* Professora de Educação da Universidade Åbo Akademi –
VAASA - Finlândia

Mais um vídeo para reflexão e diálogo

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Educação, contextos e antropologia

"Em que ponto está os conceitos de homem para formar os referenciais teóricos da educação?

Como estão as perspectivas teóricas dominantes da educação para formar conceitos de homem e as condições existenciais da vida humana?"

São perguntas feitas na Finlândia e que se aplica ao Brasil também no seu respectivo contexto.


by *Göran Björk

"Em que sentido é a ciência da educação e filosofia da educação interessados ​​na vida humana e nas condições existenciais do homem?

Existem diferenças entre os conceitos teóricos da educação no espaço europeu continental e na área anglo-saxão e o que isto significa é importante para discutir e analisar. Tais investigações devem definir ou discutir a natureza da educação, a idéia de seus contextos históricos e da antropologia.

O referencial teórico de "Erziehung" e "Bildung" no contexto alemão difere da aprendizagem e desenvolvimento, que reflete os conceitos que são enfatizados em contextos de língua inglesa.

Um estudo das diferenças entre a ciência da educação e filosofia da educação em língua alemã e anglo-saxão podem contribuir para uma maior sensibilidade e compreensão mais profunda da vida humana e as condições existenciais do homem.

As questões antropológicas a partir de uma perspectiva filosófica são influenciadas de diversas formas. Quando os pensamentos são influenciados pelo racionalismo do Século das Luzes o conceito de homem é diferente de onde os pensamentos são influenciados pela metafísica religiosa.

Em que ponto está os conceitos de homem para formar os referenciais teóricos da educação?

Como estão as perspectivas teóricas dominantes da educação para formar conceitos de homem e as condições existenciais da vida humana?"

NERA-congresso
11.13 mars 2004 Reykjavik, Island 11,13 mars 2004
Reykjavik, Ilha

*Professora de Educação da Universidade Åbo Akademi -
VAASA - Finlândia

Para refletir
Åbo Akademi