Um
estudo recente sobre aspectos da educação mostra que quem estuda mais tende a
ser mais feliz e ter uma expectativa de vida maior. O levantamento What are the social benefits of education? (Quais são
os benefícios sociais da educação?, em tradução livre) foi produzido pela OCDE(Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e realizado em 15 países membros da
organização – do qual o Brasil não faz parte. “A educação ajuda as pessoas a
desenvolver habilidades, melhorar a sua condição social e ter acesso a redes
que podem ajudá-las a terem mais conquistas sociais”, dizem os autores da
pesquisa.
Segundo
o estudo, as pessoas que estudam mais são mais felizes porque tem maior
satisfação em diferentes esferas de sua vida. Esse nível de satisfação pessoal
é de, em média, 18% a mais para que têm nível superior em relação àquelas que
pararam no ensino médio.
crédito
Uros Petrovic / Fotolia.com
Em
relação ao aumento da expectativa de vida, o estudo mostra que um homem de 30
anos, por exemplo, pode viver mais 51 anos, caso tenha formação superior,
enquanto aquele que cursou apenas o ensino médio viveria mais 43, ou seja, oito
anos menos. Essa disparidade é mais acentuada na República Tcheca, onde os
graduados podem viver 17 anos a mais. Já os portugueses, asseguraram a diferença
mais baixa, apenas 3.
O
estudo, divulgado no fim do mês passado, encerra a Education Indicators in Focus, série composta por 10
estudos, apresentados ao longo de janeiro de 2012 a janeiro de 2013, que
destacam diferentes aspectos educacionais avaliados da educação básica ao
ensino superior. Entre eles, como a crise global afeta as pessoas com
diferentes níveis de escolarização, quais países estão dando suporte ao acesso
ao ensino superior e qual a variação no número de alunos ao redor do mundo. Os
interessados em acompanhar as pesquisas podem acessá-las gratuitamente on-line
em três versões: inglês, espanhol e francês.No caso das mulheres, a diferença
não é tão acentuada: a expectativa média de vida é de quatro anos a mais para
as universitárias. À frente desta tabela estão as nascidas na Letônia, que
vivem quase nove anos mais do que as compatriotas que interromperam os estudos no
antigo segundo grau.
“Os
políticos devem ter em conta que a educação pode gerar benefícios sociais mais
amplos desde que haja mais investindo em políticas públicas.”
Em
outro capítulo desse mesmo levantamento, realizado com um grupo de 27
países, a OCDE chegou à conclusão de que 80% dos jovens com ensino superior vão
às urnas, enquanto o número cai para 54% entre aqueles que não têm formação
superior. Os adultos mais escolarizados também são mais engajados quando o
assunto é voluntariado, interesse político e confiança interpessoal. “A
educação tem o potencial de trazer benefícios para as pessoas e para as
sociedades, e isso vai muito além da contribuição para a empregabilidade dos
indivíduos ou de renda”, afirma os autores da pesquisa, que enfatiza ainda a
importância do Estado. “Os políticos devem ter em conta que a educação pode
gerar benefícios sociais mais amplos desde que haja mais investindo em
políticas públicas”.
Sala
de aula
Nos
países da OCDE, a quantidade média de alunos em sala de aula é de 23, embora o
número varie de acordo com cada país. Na Coreia e no Japão chega a 32; enquanto
na Eslovênia e Reino Unido não passa de 19 por classe, segundo mostra o
estudo How Does Class Size Vary Around the World? (Como a
sala de aula varia ao redor do mundo?, em tradução livre), divulgado em
novembro de 2012. A pesquisa mostra que entre 2000 e 2009 muitos países
investiram recursos adicionais para diminuir o número de estudantes em sala de
aula, no entanto, o desempenho melhorou em apenas alguns deles. “Reduzir o
tamanho da turma não é, por si só, uma alavanca política suficiente para
melhorar o rendimento dos sistemas de ensino, mas, sobretudo, priorizar a
qualidade dos professores em relação ao tamanho da classe”, aponta a pesquisa.
Fonte: Porvir
Nenhum comentário:
Postar um comentário