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"Quando começares a tua viagem para Ítaca, reza para que o caminho seja longo, cheio de aventura e de conhecimento...enquanto mantiveres o teu espírito elevado, enquanto uma rara excitação agitar o teu espírito e o teu corpo." ...Konstantinos Kaváfis,trad.Jorge de Sena in Ítaca
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quarta-feira, 23 de março de 2011

Bullying e preconceito

“As culturas devem aprender umas com as outras,e a orgulhosa cultura ocidental, que se colocou como cultura-mestra, deve se tornar também uma cultura-aprendiz.
Compreender é também aprender e reaprender incessantemente.”
Edgar Morin
in Os Sete Saberes Necessários À Educação Do Futuro.


Justiça britânica indeniza brasileira apelidada de Bob Esponja

Brasileira recebeu R$ 387 mil de indenização por sofrer bullying e preconceito de colegas de trabalho
BBC Brasil

Uma brasileira ridicularizada no trabalho e apelidada pelos colegas de Bob Esponja por causa de seu sotaque ganhou na Justiça britânica uma indenização de quase 142 mil libras (cerca de R$ 387 mil).

Lícia Faithful, de 31 anos, disse ter sofrido com depressão e estresse pós-traumático após 18 meses sofrendo discriminação racial na empresa de seguros médicos onde trabalhava, na cidade de Royal Tunbridge Wells, no sul da Grã-Bretanha.

Segundo seu relato à Justiça trabalhista, colegas gravavam sua voz e tocavam as gravações para ela, debochando de seu sotaque. Eles se referiam a ela como Bob Esponja, personagem de desenho animado conhecido pela voz aguda e anasalada.

Segundo Faithful, um colega chegou a perguntar a ela se ela cheirava cocaína, por causa de sua origem sul-americana. Em uma viagem de ônibus da empresa, na qual ela era a única não-britânica, um colega teria feito uma referência aos “malditos estrangeiros”.

A brasileira reclamou ainda que os colegas tiravam e escondiam as bandeiras brasileiras que mantinha em sua mesa e pediram a ela que não usasse uma blusa com a bandeira brasileira.

Bônus


Faithful, que ganhava um salário anual de 17.765 libras (R$ 28.870), também disse ter sido discriminada pelos chefes na distribuição de bônus na empresa.
Ela acabou deixando a empresa em 2008, sofrendo com depressão, estresse pós-traumático e agorafobia (medo de espaços abertos ou situações sociais fora de controle).

Segundo a juíza Gill Sage, do Tribunal do Trabalho de Ashford, no condado de Kent, a brasileira sofreu “o mais sério caso de discriminação” e foi tratada “menos favoravelmente por uma questão racial”.
Para a juíza, Faithful enfrentou um ambiente de trabalho “hostil e degradante” numa empresa que não a apoiava. Segundo Sage, havia “evidências substanciais” de que colegas a ridicularizavam.

Um comunicado da empresa Axa PPP Healthcare, divulgado após a decisão da Justiça, afirma que a companhia lamentava o desfecho do caso e estava estudando maneiras de melhorar o tratamento de seus empregados.
“O tratamento de nossos empregados com justiça é muito importante para nós e estamos trabalhando duro para criar uma cultura de trabalho positiva e apoiadora, na qual os empregados desfrutem de seu ambiente de trabalho e sintam que podem dar o seu melhor em servir nossos clientes”, afirma o comunicado da empresa.
(Portal IG)

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