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sábado, 2 de julho de 2011

Strauss-Kahn:ontem e hoje. E amanhã?

À época da denúncia e seguida prisão de Strauss-Khan(14/05/2001),então diretor -geral do FMI, muitos questionaram a conveniência da prisão espetacular de uma alta autoridade mundial(não vou entrar no mérito da questão dos crimes de que foi acusado muito embora estranhasse tamanho alarido num mundo em que certamente não prima por ouvir e prontamente agir em face de denúncia, em defesa de mulher trabalhadora,pobre,negra e imigrante.
A Justiça funcionara mesmo nos EUA e o ex-diretor do FMI foi preso no aeroporto,já embarcando,com os devidos holofotes e fotos nas primeiras páginas dos jornais.
Algo cinematográfico.
Pressionado pelas circunstâncias renunciou ao FMI,deixando de ser naquele momento candidato de oposição à presidência francesa.
Christine Lagarde é a nova diretora do FMI e o candidato do México ao mesmo posto perdeu.


Em 13/04/2011 o então poderoso dera a entrevista que se segue http://economico.sapo.pt/noticias/nprint/115962.html

Strauss-Kahn
FMI:“Estabilidade depende de uma classe média forte"

Eudora Ribeiro

Os países necessitam de políticas "directas" de apoio à desigualdade no mercado de trabalho.

O director do FMI cita Aristóteles para sublinhar que a estabilidade económica de um Estado depende de uma classe média forte.

"Há alguns milhares de anos, Aristóteles escreveu que a melhor parceria num Estado é a que opera através de pessoas de classe média... os Estados onde a classe média é grande ... têm todas as hipóteses de ter uma boa gestão", parafraseou Strauss-Kahn numa comunicação de hoje sobre a crise global do trabalho.Diz Strauss-Kahn que este princípio "era verdade no tempo de Aristóteles, era verdade na época de Keynes, e é verdade actualmente".

"A estabilidade depende de uma classe média forte que possa aumentar o consumo. Não conseguiremos isto se o crescimento económico não conduzir à criação de empregos decentes, nem se o crescimento recompensar a minoria dos mais favorecidos em detrimento dos numerosos marginalizados", indica o director do FMI.

Desemprego e desigualdade, as sementes da instabilidade.

No mesmo discurso, disponível no site do FMI, Dominique Strauss-Kahn alerta que o desemprego e a desigualdade podem minar todas as conquistas da economia de mercado, "lançando as sementes da instabilidade".

"Em demasiados países, a falta de oportunidades económicas pode conduzir a actividades improdutivas, instabilidade política e até situações de conflito", indica Strauss-Kahn, exemplificando com as recentes tensões nos países do Médio Oriente e Norte de África.

Strauss-Kahn revela-se "preocupado" com os níveis históricos do desemprego. "O crescimento - pelo menos nas economias avançadas - não está a criar empregos", nota, recordando que "a crise atirou para o desemprego 30 milhões de pessoas" e que "mais de 200 milhões estão actualmente à procura de emprego em todo o mundo".

"Em demasiados países, também a desigualdade está em máximos recordes", alerta.

Director do FMI indica o caminho para sair da crise.

Contra o desemprego, Strauss-Kahn indica o caminho a seguir para travar a batalha no mercado de trabalho. "Primeiro que tudo, precisamos de uma reforma e recuperação do sector financeiro, de colocar os bancos ao serviço da economia real e canalizar o crédito para as pequenas e médias empresas - que são os ‘drivers' fundamentais do emprego e também do crescimento", ensina Strauss-Kahn.

Ao mesmo tempo, "os países desenvolvidos precisam de colocar as suas contas públicas num caminho de sustentabilidade no médio prazo, de forma a preparar o caminho para um crescimento futuro e criação de emprego". Alerta ainda Strauss-Kahn que os ajustamentos fiscais devem ser feitos sem descurar o crescimento económico. "Mas o crescimento económico também não é suficiente" por si, adianta o responsável, que acrescenta que é preciso "políticas de trabalho directas". "A crise ensinou-nos que políticas de trabalho bem concebidas podem salvar empregos", argumenta.

Strauss-Kahn nota ainda que subsídios de desemprego adequados são fundamentais e que "quando combinados com educação e formação podem ajudar os desempregados a adaptar-se a uma economia em mudança".

"Temos de ser pragmáticos" e ultrapassar a oposição entre flexibilidade e rigidez no que respeita o mercado laboral, argumenta. "Temos de ser cooperantes", diz também, sublinhando que os "países têm de trabalhar em conjunto".

Hoje,1o./07/2011, temos a manchete com possível reviravolta na denúncia que levou o então poderoso Strauss-Kahn ao constrangimento público em solo americano.

Camareira que acusa Strauss-Kahn de estupro admite ter mentido
Mulher de 32 anos mudou depoimento sobre a hora que fez a denúncia contra o ex-diretor-gerente do FMI
...
A reviravolta no caso pode provocar uma reviravolta também na política francesa. Até sua prisão, em 14 de maio, Strauss-Kahn, de 62 anos, era candidato bem cotado para a eleição presidencial francesa de 2012.

A detenção de Strauss-Kahn obrigou sua renúncia do FMI e acabou com suas esperanças de chegar à Presidência, semanas antes de ele anunciar oficialmente sua candidatura. Os simpatizantes de Strauss-Kahn no Partido Socialista da França expressaram contentamento com a aparente reviravolta e alguns disseram esperar que ele poderá reingressar na corrida presidencial de 2012.
http://economia.ig.com.br/camareira+que+acusa+strausskahn+de+estupro+admite+ter+mentido/n1597058598095.html
O que ocorreu com Strauss-Khahn teria sido uma jogada para substituí-lo por quem tivesse um discurso mais afinado com o FMI?
Só o tempo dirá ou não.

Um comentário:

  1. Maria, parabéns! Riquíssima postagem. Diante de algo assim, sinto como se eu em meu blog brincasse de blogagem [sorrio]. Contudo, brincar é parte da coisa toda como um todo, não é?
    O texto que postei em seguida trata da coincidência que foi reencontrar o protagonista da mendicância

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