Sinopse:
(The
Postman (Il Postino), 1995)
Diretor:
Michael Radford
Elenco:
Massimo Troisi, Philippe Noiret, Maria Grazia Cucinotta, Linda Moretti, Renato
Scarpa.
Produção:
Mario Cecchi Gori, Vittorio Cecchi Gori, Gaetano Daniele
Roteiro:
Michael Radford, Anna Pavignano, Furio Furio Scarpelli, Giacomo Furio Scarpelli
Fotografia:
Franco di Giacomo
Trilha Sonora:
Luis Enriquez Bacalov
Duração: 116
min.
Ano: 1995
País:
França/Itália/Bélgica
Gênero:
Romance
Cor: Colorido
Extraído do Cine click
http://youtu.be/fbTmmx_579A
Quem pode ser poeta?
O filme o carteiro e o poeta de Michael Radford com duração
de 108 minutos é um romance / drama que relata a história de um filho de
pescador, Mario Ruoppolo (Massimo Troisi) que se recusa seguir a profissão de
seu pai. Ele não aceita o que lhe é oferecido pelo ambiente social em que vive
e sonha com outra vida longe dali. Mario diz ter alergia a barcos e sempre
enjoa ao sair neles.
Certo dia andando em sua bicicleta Mario descobre uma placa que
anuncia um trabalho temporário “Carteiro com bicicleta”. É assim que
ele passa a conhecer Pablo Neruda (Philippe Noiret), o poeta comunista chileno
que está exilado em sua ilha. Mario Ruoppolo passa a ser seu carteiro particular
e Pablo Neruda o seu único cliente.
Todos os dias o simplório carteiro subia a montanha em sua
bicicleta para levar a correspondência ao poeta sofisticado. Dois mundos de
culturas diferentes que se encontra frente a frente. E desses encontros surgi
um embrião de amizade por insistência de Mario que pede conselhos ao poeta
sobre a arte poética. A busca do significado das metáforas e outras
características da poesia despertou no carteiro o poeta interior que existia
nele.
A tia de Beatriz quando procura Pablo Neruda para questionar as
intenções de Mario podemos perceber nesse momento quão grande é a força da
palavra, das metáforas, da poesia, pois ela mexe, transforma, desassossega a
mente das pessoas. Ela deixa claro que prefere que um homem passe a mão nas
nádegas da sobrinha do que receber poemas com palavras bonitas, essas tal
metáforas que inquieta o coração.
Quando Mario pega o gravador e começa a fazer o registro de tudo
que para ele é interessante, o mais natural som que o vento faz roçando nas
árvores, as batidas do coração de Pablito ainda no ventre de Beatrice isso
mostra que os menores detalhes, algo até considerado sem valor pode ser objeto
de inspiração de belíssimas e profundas poesias.
O filme, além de discutir o poder que a poesia emerge, trata
também de questões relacionadas “a quem escreve”? “Para quem escreve”? “E de
que escreve”? Mario faz parte de todos esses questionamentos, pois ele, uma
pessoa humilde, sem escolaridade, como poderia apreciar a arte e criar poesias?
Simples: a imensa vontade de conquistar a mulher por quem se apaixonou. E para
isso, era preciso falar de tudo que estava presente no céu, na terra, no mar,
tudo que a poesia se apropria para existir.
O carteiro e o poeta indicado ao Oscar na categoria de melhor filme, direção, ator,
roteiro adaptado e trilha sonora ganhou o prêmio apenas nessa última categoria,
mas seu grandioso enredo apresenta a bonita transformação do olhar do carteiro,
antes e depois da poesia invadir a sua vida. Com essa poesia, o humilde
carteiro sentiu sua vida ter mais sentido. Seu coração e sua alma alçaram vôo
na imaginação da criação poética.
Isso faz do filme o carteiro e o poeta uma excelente
referência para conhecermos melhor a essência da arte de fazer ou apreciar a
poesia.
Fonte: blog Poliana Brito Sena
Nenhum comentário:
Postar um comentário